Em outubro de 2018, no primeiro turno das eleições presidenciais, apesar de haver alternativas de esquerda, centro e direita, os eleitores levaram para o segundo turno Haddad – PT e Bolsonaro – PSL. No segundo turno, inflados pelo ódio ao PT, pela desinformação causada pelos milhares de disparos de mensagens Fake News e o silêncio da grande mídia, que se apequenou diante do descalabro, as urnas elegeram a pior alternativa que o país já teve em algumas de suas eleições – Jair Messias Bolsonaro.
Não foram precisos muitos meses para que todos percebessem que Bolsonaro era um sujeito sem controle emocional e sem conhecimento e preparo para ocupar o cargo que havia vencido no pleito eleitoral. Mal acabara de subir a rampa do planalto e já estava destilando seu ódio aos jornalistas e empresas de comunicação como Folha de SP e Globo.
A cada nova fala ou live demonstrou seu atraso cultural, sua política rasteira e seu conteúdo baixo como ser humano. Seu despreparo aliado à sua incompetência provocou diversas crises ao longo destes dois anos de gestão. A queda de Sérgio Moro, a demissão do médico Mandetta em plena crise da covid-19 do Ministério da Saúde, suas falas destemperadas contra países como China e França, mostraram ao mundo seu DNA.
Se antes da pandemia, em março/20, os resultados da economia e de sua gestão já eram pífios, o período que se seguiu ampliou ainda mais o buraco negro que o país mergulhou graças à ausência de trabalho, planejamento e vontade política de um homem que se preocupa apenas em livrar seus filhos de problemas com as leis do que ajudar ao povo brasileiro.
Sua personalidade obtusa interferiu em todos os ministérios, atrapalhando quaisquer possibilidades de êxito nas ações dos mesmos. Sua obsessão infantil e ignorante contra a esquerda brasileira e mundial, a qual conhece muito pouco, interfere em suas decisões, gerando crises sobre crises como no MEC, na Saúde, e em vários órgãos do governo.
Tudo em seu governo vai mal, tanto que seus aliados bolsonaristas, em atos de desespero puro, postam fake news sobre obras e realizações jamais realizadas neste governo. Estradas, portos e aeroportos cujas obras foram feitas em governos passados ou que não estão sequer em andamento.
Suas mentiras são de conhecimento de todos no país e no exterior, onde o Brasil virou um pária em meio às nações desenvolvidas. De tempos em tempos, numa atitude grotesca, Bolsonaro desmente aquilo que falou e está em áudios e vídeos na internet e nos arquivos da mídia.
É o caso do Auxílio Emergencial, que ele queria que fosse de apenas R$ 200,00 (duzentos reais) por três meses. Foram os parlamentares do congresso nacional que elevaram a ajuda para R$ 600,00 (seiscentos reais). Pois passados alguns meses Bolsonaro diz para quem quiser ouvir que ele concedeu e manteve a economia nos eixos, algo que qualquer criança sabe não ser verdadeiro.
Sua postura negacionista em relação a covid-19 e seu descaso diante das mortes de mais de 180 mil pessoas mostram que além da incompetência, existe a falta de caráter e humanidade em seu DNA. Ao longo de sua vida homenageou milicianos e bandidos, porém se nega a comprar vacinas.
Seu desempenho no que tange ao meio ambiente já está sendo cobrado e o Brasil é colocado à margem das discussões sobre assunto tão vital para o planeta. Seu comportamento destemperado pôs o Brasil em rota de colisão com ONU, OMS, e muitos outros órgãos mundiais.
Duro imaginar que ainda temos mais de 720 dias para aturar esse ser despreparado e emocionalmente desequilibrado à frente dos destinos da Nação. É impensável acreditar que este sujeito que defende e até interfere na Polícia Federal, Abin, COAF e outros órgãos de investigação para evitar que seus filhos sejam investigados, julgados e presos por corrupção, seja o líder do nosso governo.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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