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9 de dezembro de 2020

Segurança pública inexistente!

Mais duas meninas, de 4 e 7 anos, foram mortas durante um tiroteio em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite da última sexta-feira. As crianças eram primas e estavam brincando juntas na porta de casa.

Em 2019, somente na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro foram registrados 7365 tiroteios e disparos de arma de fogo, uma média de 20 tiroteios por dia, que deixaram 2876 baleados. Deste total, houveram 168 casos de bala perdida, em que 189 pessoas foram atingidas, das quais 53 morreram.

A Constituição Federal de 1998 prevê como dever do Estado garantir segurança pública aos seus cidadãos. No entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países mais violentos no ranking mundial divulgado anualmente em seu relatório anual.  

Por esse motivo, a palavra que melhor define a segurança pública brasileira é “crise”. A pauta figura quase que diariamente nos jornais, sendo comparada até mesmo a Guerra da Síria, com correlações entre o número de pessoas assassinadas em ambos os países.

O policiamento militar e civil, além da Polícia Federal em menor escala, sofrem com um verdadeiro desmonte praticado pelos governos estaduais sem que o governo federal faça alguma gestão para resolver estes problemas.

Falta efetivo policial em todos os Estados brasileiros. Condições e melhorias salariais, treinamento, armas compatíveis com as utilizadas pelas organizações criminosas, coletes que suportem os impactos das balas usadas pela criminalidade e a tão falada e sonhada distante informatização entre todos os segmentos das policiais no país.

O governo Bolsonaro que se posicionava tanto na questão da segurança antes das eleições, após a sua posse nada fez para que o povo brasileiro pudesse ter um pouco de segurança em suas cidades. Faltam investimentos em segurança, não apenas na compra de viaturas policiais, algo que nunca deixou de ser feito no Brasil, mas do direcionamento de recursos para a informatização das forças policiais.

Falta acima de qualquer coisa planejamento integrado entre Ministério da Justiça, Polícia Federal e as policiais militares e civis dos Estados e DF. Para que possam ter ações coordenadas a partir de um planejamento único.

É inaceitável que continuemos a ter mortes de crianças dentro de suas casas ou nos quintais em ações mal planejadas pela polícia militar. Morrem crianças e inocentes enquanto os criminosos conseguem fuga. Isso é algo que não podemos mais tolerar.

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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