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16 de maio de 2018

Primeiro roubaram a luz, depois o túnel, agora o nosso futuro!

“Quem se senta no fundo de
um poço para contemplar o céu,
há de achá-lo pequeno"
Han Yu.

Nestes últimos trinta e poucos anos tivemos uma sequência de governantes que deveríamos apagar da nossa história enquanto Nação. Da vitória de Tancredo no colégio eleitoral aos dias atuais, o nosso país perdeu um tempo precioso que jamais será recuperado no sentido de ter se tornado uma potência mundial, ou na pior das hipóteses um dos países mais fortes entre os chamados em desenvolvimento.
Jogamos no lixo todas as possibilidades que tivemos ao não fiscalizarmos nem participarmos ativamente da vida política nacional, nos limitando a votar, cometendo um erro crasso que nos custa justamente o preço do atraso e do subdesenvolvimento em que estamos perante o mundo moderno.
Nossa indústria está atrasada e sucateada, sem condições de competir com os países da Europa, Ásia e América do Norte. Nossas riquezas saem para o exterior a preço de banana. Exportamos matéria prima e depois compramos a preço de diamantes os produtos finais produzidos pelos países ricos.
Não temos controle algum sobre nossas fronteiras em nosso vasto território continental. Nosso setor pesqueiro carece de investimentos e nem no turismo podemos nos orgulhar de algum avanço, mesmo sediando grandes eventos mundiais e tendo belezas naturais incomparáveis.
A violência que é fruto das péssimas gestões e do descaso para com a Educação e a saúde pública, hoje alcançou níveis insuportáveis em toda área urbana do país. Nossas leis são antigas, o código penal é retrógado e mantém penas brandas para crimes hediondos, além de benesses que incentivam a criminalidade em todos os cantos.
Nada que é feito dentro dos governos nas três instâncias do poder executivo (Municipal, Estadual ou Federal) leva em conta o bem estar da sociedade e o futuro da Nação. As privatizações ao invés de reduzirem a participação do Estado serviram apenas para engordar contas de políticos em paraísos fiscais e deixar empresários milionários com as aquisições de grandes empresas por preços subfaturados em editais manipulados e suspeitos.
Prova é que estamos vivendo um colapso no setor elétrico nacional, perdemos muitos recursos minerais e não investimos praticamente nada em Educação, Saúde, Saneamento Básico, Habitação e Segurança Pública com os recursos oriundos das vendas das estatais.
As nossas rodovias são do tempo do império, muitas ainda sem capa asfáltica e intransitáveis por onde passam boa parte do escoamento da nossa safra agrícola. Nossas hidrovias são parte de um projeto tímido, sem os devidos investimentos, talvez por conta da força do setor automobilístico que não quer perder o filão da venda de seus caminhões para as barcaças.
Ainda no setor logístico, vimos depois da posse de FHC em 1995, o completo sucateamento do setor ferroviário no país. Um dos meios mais seguros e econômicos para o transporte de cargas foi destruído pela infeliz estratégia do grão tucanato no período de 1995 – 2001.
Para piorar, nenhum outro país tem a classe política tão ruim, tão corrupta e incapaz como o Brasil. É certo que, nosso povo carente de educação e de informação, não leva a sério a democracia, pensa erroneamente que votar é o começo e o fim do processo. Não cobra, não fiscaliza e a tudo releva. Discute apenas os candidatos a presidência, quando deveria dar valor a todos os cargos eletivos que são colocados em votação.
A cada novo pleito, percebemos que nada muda, os nomes colocados a prova são fruto da maquiavélica máquina partidária engendrada por um grupo grande de interessados em manter as coisas no nível bem baixo e distante da luz e da justiça.

Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

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