“Não concordo com o que dizes,
mas
defendo até a morte o direito
de o dizer"
Voltaire
Embora o PSDB esteja há 24 anos no
poder em São Paulo, seus resultados no combate a criminalidade nunca foram
excepcionais. Talvez pelo fato de seus governadores nunca terem se preocupado
em investir num projeto sério para a segurança pública. Também por não direcionar
recursos para manter uma força policial treinada, com armamentos de ponta e
tecnologia avançada. Além de propiciar aos seus policiais civis e militares salários
adequados, devidamente corrigidos à altura do risco da profissão.
Os índices anunciados semestralmente
pelo governador com ênfase para supostas reduções das taxas de homicídios,
sempre precisam ser analisados com muito cuidado e atenção, pois algumas vezes
não contém toda a verdade dos fatos.
Enquanto isso, o governo do Estado de
Nova York nos EUA, anuncia o registro em 2017 de menos de 300 casos de
assassinatos, índice que demonstra à existência de uma política séria de
combate a criminalidade pela polícia, em conjunto com a justiça norte
americana. Algo bem diferente do que assistimos no nosso país.
A cidade de Nova York tem uma
população em torno de nove milhões de pessoas, enquanto a cidade de SP conta
com aproximadamente 12 milhões de habitantes. Mesmo levando em conta essa
diferença, os números de assassinatos em SP no ano de 2016, totalizaram 3.521
mortos. O índice de 2017 em Nova York não chega nem perto de dez por cento dos
crimes ocorridos em SP.
A redução contínua é em parte uma
recompensa para o prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, democrata que
concorreu ao cargo em 2013 se opondo à prática disseminada de “pare e reviste”
da polícia, que levava a buscas aleatórias por drogas e armas.
Naquele ano um juiz federal determinou
que a prática era inconstitucional porque visava cidadãos negros e latinos de
forma desproporcional. O uso da tática vem sendo reduzido na gestão de Blasio,
e os alertas de críticos conservadores de que os índices de crimes voltariam a
crescer têm se mostrado infundados.
Em SP, o governador usa apenas de
marketing e bravatas, na mesma proporção que não recompõe e mantém as forças
policiais dentro de padrões utilizados em países de primeiro mundo. Não investe
em novos armamentos/equipamentos para que a força policial possa fazer frente às
organizações criminosas. Não existe investimento suficiente em alta tecnologia
e muito menos na policia científica.
Para termos uma leve ideia, o governo
do Estado não supre sequer a manutenção das corporações dos Bombeiros no
interior do Estado, com mais de 41 milhões de habitantes. As prefeituras são
obrigadas a cobrar taxas (inconstitucionais) para fazer frente às despesas de
manutenção dos veículos e equipamentos dos bombeiros.
A comparação nos mostra o quão
distante estamos do primeiro mundo, não apenas no que tange aos índices de
violência ou combate a criminalidade, mas sim de Gestão Pública. Os países
sérios possuem “Gestores”, nós no Brasil possuímos políticos inescrupulosos que
pensam apenas em três coisas (Enriquecer, Favorecer parentes/aliados e Vencer
as próximas eleições).
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
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