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1 de janeiro de 2018

Diferença entre os resultados do combate a criminalidade!

“Não concordo com o que dizes, mas
defendo até a morte o direito de o dizer"
Voltaire

Embora o PSDB esteja há 24 anos no poder em São Paulo, seus resultados no combate a criminalidade nunca foram excepcionais. Talvez pelo fato de seus governadores nunca terem se preocupado em investir num projeto sério para a segurança pública. Também por não direcionar recursos para manter uma força policial treinada, com armamentos de ponta e tecnologia avançada. Além de propiciar aos seus policiais civis e militares salários adequados, devidamente corrigidos à altura do risco da profissão.
Os índices anunciados semestralmente pelo governador com ênfase para supostas reduções das taxas de homicídios, sempre precisam ser analisados com muito cuidado e atenção, pois algumas vezes não contém toda a verdade dos fatos.
Enquanto isso, o governo do Estado de Nova York nos EUA, anuncia o registro em 2017 de menos de 300 casos de assassinatos, índice que demonstra à existência de uma política séria de combate a criminalidade pela polícia, em conjunto com a justiça norte americana. Algo bem diferente do que assistimos no nosso país.
A cidade de Nova York tem uma população em torno de nove milhões de pessoas, enquanto a cidade de SP conta com aproximadamente 12 milhões de habitantes. Mesmo levando em conta essa diferença, os números de assassinatos em SP no ano de 2016, totalizaram 3.521 mortos. O índice de 2017 em Nova York não chega nem perto de dez por cento dos crimes ocorridos em SP.
A redução contínua é em parte uma recompensa para o prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, democrata que concorreu ao cargo em 2013 se opondo à prática disseminada de “pare e reviste” da polícia, que levava a buscas aleatórias por drogas e armas.
Naquele ano um juiz federal determinou que a prática era inconstitucional porque visava cidadãos negros e latinos de forma desproporcional. O uso da tática vem sendo reduzido na gestão de Blasio, e os alertas de críticos conservadores de que os índices de crimes voltariam a crescer têm se mostrado infundados.
Em SP, o governador usa apenas de marketing e bravatas, na mesma proporção que não recompõe e mantém as forças policiais dentro de padrões utilizados em países de primeiro mundo. Não investe em novos armamentos/equipamentos para que a força policial possa fazer frente às organizações criminosas. Não existe investimento suficiente em alta tecnologia e muito menos na policia científica.
Para termos uma leve ideia, o governo do Estado não supre sequer a manutenção das corporações dos Bombeiros no interior do Estado, com mais de 41 milhões de habitantes. As prefeituras são obrigadas a cobrar taxas (inconstitucionais) para fazer frente às despesas de manutenção dos veículos e equipamentos dos bombeiros.
A comparação nos mostra o quão distante estamos do primeiro mundo, não apenas no que tange aos índices de violência ou combate a criminalidade, mas sim de Gestão Pública. Os países sérios possuem “Gestores”, nós no Brasil possuímos políticos inescrupulosos que pensam apenas em três coisas (Enriquecer, Favorecer parentes/aliados e Vencer as próximas eleições).

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

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