É a ambição de possuir, mais do que qualquer outra
coisa, que
impede os homens de viverem de uma maneira livre e
nobre.
Bertrand
Russell
A história a
seguir retrata um pouco do quanto será difícil um dia este nosso país ter uma
vida normal diante das leis, da ordem e dos bons costumes que qualquer cidadão
no mundo segue sem pestanejar.
O servidor
público paulista levava uma vida aparentemente normal até que um dia
descobriram que ele recebia um salário de R$ 18 mil e possuía casas que
levariam 32 anos para serem construídas com seu salário mensal.
O gênio da
economia trabalha na secretaria de administração penitenciária em SP. Onde
coordena desde 2006 as licitações milionárias dos presídios paulistas. Em 2011
sua irmã e sua mãe abriram uma empresa que a partir de 2013 passou a ter a sua
participação societária.
Seu fantástico
tino comercial fez com que a empresa a partir de 2013 aumentasse o capital
social de R$ 2.000,00 para R$ 273 mil. Passando a adquirir terrenos e imóveis
em condomínio de luxo no interior paulista. No total já construíram mais de 30
imóveis em condomínios fechados de alto padrão. Imóveis avaliados entre R$ 650 e
R$ 900 mil reais.
Os imóveis
estão todos no nome da irmã, visto que o servidor não pode aparecer como
administrador da empresa que é sócio. Algumas casas em Sorocaba estão avaliadas
em mais de R$ 7 milhões. Somente de 2013 para cá foram mais de doze terrenos
adquiridos pela empresa em condomínios.
Entre outras
funções o rapaz é responsável pelas licitações milionárias realizadas pelos
presídios de SP. Como por exemplo, a alimentação dos presos e funcionários.
Alguns destes contratos já sofreram questionamentos do Tribunal de Contas da
União – TCU.
O TCU reprovou
contratação realizada em 2008 sem licitação, avaliada em R$ 1,2 milhões para a
alimentação dos presos da Penitenciária 2 de Itapetininga em SP. A empresa
beneficiada na ocasião era a Geraldo J. Coan que teve seus proprietários
denunciados no que ficou conhecida como a “Máfia da Merenda”.
Está em curso
também um inquérito do MP que investiga a coordenadoria chefiada pelo rapaz por
suspeita de superfaturamento no fornecimento de alimentos para o CDP Belém em
São Paulo, num contrato que por muita coincidência também era com a empresa
Geraldo J. Coan. Apenas coincidência!
No Estado de
SP o salário do governador Geraldo Alckmin é de R$ 21.613,05 e os seus
secretários recebem algo em torno de R$ 19.467,94. Como podemos perceber, o
servidor milionário recebe R$ 1.467,94 a menos que os secretários de Estado e
R$ 3.613,00 a menos que o governador. Nada mal!
Creio que o
governador Geraldo Alckmin deveria rever o cargo deste servidor dedicado e
colocá-lo como Secretário da Fazenda de SP. Afinal de contas, sua dedicação e a
forma competente como transforma dinheiro em fortuna na sua vida pessoal
poderia ser de grande valia para as finanças do nosso Estado.
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