“A ignorância é a maior enfermidade do
gênero humano.”Marco Túlio Cícero.
Durante
centenas de anos, desde o século XV, portugueses , espanhóis, holandeses,
ingleses, franceses, belgas e alemães se revezaram na exploração (A qual deram
o nome de Colonização) de países Africanos.
Em terras
africanas, bem como da Índia, América do Sul e em muitos outros cantos do mundo
os navios europeus viajavam com requintes de pirataria e voltavam abarrotados
de ouro, diamantes, pedras preciosas, e muitas especiarias que roubavam dos
países onde desembarcavam.
O processo de ocupação territorial,
exploração econômica e domínio político do continente africano por
potências europeias tem início no século XV e estende-se até a metade
do século XX. Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do
colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para
o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.
Desde o seu término até os dias atuais
os europeus jamais se preocuparam com o que seus antepassados fizeram. Ninguém
nunca sequer estudou a possibilidade de uma reparação histórica àqueles que
foram subjulgados, mortos, vilipendiados e tiveram prejuízo financeiro
incalculável com a ganância dos Europeus.
Para o Brasil, Portugal mandou bandidos
e toda espécie de escória humana, para vir “colonizar” nossas terras. Na
verdade, ainda hoje sentimos na pele o quanto isso nos custou e ainda custa.
Na Europa hoje mais de cem anos
depois, começa um movimento de fluxo de imigrantes em botes e navios piratas no
sentido contrário. Os pobres coitados desembarcam na costa europeia e irritam
os países como Itália, Inglaterra, Espanha, Alemanha, entre outros.
Os motivos desse deslocamento em massa
estão ligados a princípio as guerras, a pobreza, repressão política e
religiosa. De acordo com uma agência ligada a União Europeia mais de 350 mil
pessoas já migraram para a Europa oriundos em boa parte da Síria, Afeganistão,
Iraque,Líbia e Eritréia.
Com esse fluxo migratório inesperado,
instalou-se o caos desde as praias italianas até o leste europeu à medida que
milhares de migrantes avança usando ônibus, trem ou até mesmo a pé para locais
mais distantes que conseguem.
A imigração de africanos para um dos
continentes mais ricos do mundo – em grande medida por ter sido colonizador e
escravizador - é um fenômeno que ocorre já há algumas décadas. Porém, pelo
menos uma parte desses trabalhadores imigrantes eram absorvidos, porque eram
funcionais a um mercado de trabalho que necessita de mão de obra de pouca
qualificação, para funções secundárias.
Porém, mesmo nesses momentos, foi se
desenvolvendo um sentimento discriminatório muito forte, incentivado pela
direita, diante de uma esquerda que tampouco sabia como tratar o tema. O medo
de perder empregos – totalmente falso porque os africanos ocupam postos que os
europeus não aceitam ocupar – e lugares nas escolas ou nos serviços de saúde
funcionam como mecanismos de discriminação e hostilidade com os imigrantes.
O mundo da voltas, diz ditado antigo,
parece que a Europa está sentindo na pele e nos bolsos, um pouco do que causou
aos povos da África, Ásia, América do Sul e demais cantos da terra que humilhou
por centenas de anos no passado.
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