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16 de novembro de 2023

Porque não investir em voos regionais?

 

É fato que a aviação comercial brasileira é essencial na contribuição para o desenvolvimento do nosso país. Seja na vinda de turistas, geração de emprego e renda nos municípios ou para concretizar negócios, o avião se tornou o principal meio de transporte interestadual na última década. Atualmente, mais de 98 milhões de passageiros domésticos e internacionais e 1,2 milhão de toneladas de carga são transportados por ano, ainda nos consolidando como o quarto maior mercado do mundo.

As empresas aéreas brasileiras reforçam sua aposta no Brasil ampliando a oferta de voos para essa temporada de verão. Serão 94 novas rotas, sendo 81 nacionais e 13 internacionais, um aumento de 6% em relação à última alta temporada. Essa contribuição busca alavancar o Turismo e, consequentemente, colaborar com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, mantendo os mais de 2,2 mil voos diários por todo o país.

Dados recentes compilados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) revelam que o transporte aéreo e o seu impacto econômico na atividade turística contribuíram com R$ 78 bilhões para o Produto Interno Bruto no ano passado, ou o equivalente a 0,8% do PIB brasileiro.

Entretanto, esses números poderiam ser maiores e melhores para as empresas aéreas, governo federal, estaduais e municipais, comércio, indústria e a população.

E a fórmula é simples: expandir as ofertas de voos regionais integrando o Brasil de forma definitiva no mapa da aviação interna, possibilitando que passageiros e cargas sejam transportados entre cidades do mesmo Estado e interestaduais.

Para tanto, é preciso que todos deem sua cota de contribuição e sacrifício em nome de desenvolvimento, com a garantia de que todos vão sair lucrando muito.

O governo federal precisa atrair investidores para novos aeroportos e a expansão de alguns para poderem receber voos de carga e passageiros sem limitações. Deve obviamente aliviar carga de impostos para incentivar estes investimentos.

Municípios e governos estaduais devem fornecer todo apoio e infraestrutura de mobilidade urbana, logística empresarial facilitando assim o transporte entre os aeroportos e as regiões urbanas.

As empresas aéreas precisam se conscientizar da importância dessa expansão e dos benefícios que elas irão trazer aos seus cofres e imagem.

Não pode ser descartada a liberação e oferta a empresas estrangeiras para operar parte dessas operações regionais, aumentando oferta, competição com preços melhores para os usuários. Afinal de contas, não são os empresários e parcela significativa dos governantes que vivem falando em “privatizações, terceirizações e concessões”?

Esse tipo de negócio deu certo há muito tempo em diversos países, por que não pode ser feito no Brasil?

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Um comentário:

Nilson Assumpcao disse...

Infelizmente temos o loby dos empresários de transporte rodoviario que não querem.