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1 de setembro de 2015

Vai Corinthians - 105 anos de existência!


– Vai, Corinthians!
Eu nunca fui.
Mas sei que tem um bando que vai sem ter como, quanto, quando, porquê.
Vai sem saber pra onde ir. Mas vai sabendo que importa mesmo é a jornada. Sempre é tudo e nunca é nada mesmo quando o Ronaldo em 1974… Quando o Zinho em 1993. E depois o Evair, o Edilson e de novo o Evair soltou a voz…
Quando o misto verde no Rio-São Paulo de 1993….
Quando o Rivaldo em 1994…
Quando o Marcos em 1999. E em 2000…
Quando o Prass em 2015…
O Romeu nos 8 a 0 em 1933. O Caetano Izzo no primeiro Dérbi, em 1917…
Foi tudo pra nós exatamente por vocês serem tudo pra nós.
Quantas vezes eu não gritei mais feliz pelo meu time vencer o de vocês.
Mas quando em 1954…
Quando em 1979 na canelada do Biro-Biro eu chorei.
Quando em 1982 eu fui vocês por vocês serem a Democracia em preto e branco.
Quando em 1988 o Viola foi Paulista…
Quando em 1990 o Neto foi Brasil eu só não fiquei um ano refugiado por ser jornalista esportivo havia seis meses.
Ainda bem.
Ajudou a suportar aquele gol de Elivelton em Ribeirão Preto em 1995. O de Marcelinho Carioca em Porto Alegre.
Eu estava lá.
E vocês estiveram por todo o Brasil em 1998. Em 1999. O mundo todo em 2000.
Não ganharam Libertadores? Foram invictos em 2012. Mundiais de novo em 2012.
Caíram feio em 2007? Subiram bonito desde então.
Ganharam estranho em 2005? Ganharam em 2011 erguendo o punho ao céu com o doutor Sócrates.


Vocês são insuportáveis.
Como nós somos quando ganhamos de vocês.
Vocês que “nunca seriam” foram. Vocês que “nem a pau” paulista, brasileiro, Libertadores e Mundial.
Vocês que “não têm estádio” têm arena e têm muitas contas a pagar.
Mas vocês têm crédito.
No centenário não tinham Libertadores e nem estádio do tamanho. Em 105 anos têm tudo e mais muito a ganhar.
Vocês viraram o jogo e as jogadas. No grito e na garra. No Neto e no Gamarra. No ritual e na raiva. No Neco e no Rivellino. No suor e no saber. No Ezequiel e no Sócrates. No apuro e no apito. No Luizinho e no Marcelinho. No gogó e no gol. No Gilmar e no Ronaldo. Na alma e na arma. No Wladimir e no Jacenir. Na bola e na bala. No Tévez e no Guerrero. Na mídia e no mundo. Sem meios e sem modos. Casagrande e senzala. Maloqueiro e Doutor Osmar.
Quase todo mundo não gosta de vocês. Todo mundo não quer ver vocês. Todo mundo é anti pra vocês.
Por que será?
Preconceito? Desprezo? Despeito? Receio? Medo? Raiva? Inveja? Ciúme? Como pode um time tão amado ser tão odiado?
Talvez por ser algo além do amor que vocês têm.
Mais que ter amor pelo Timão, vocês têm Corinthians pelo Corinthians.
Deve ser isso. Vocês Corinthians o Corinthians.
Um substantivo que é verbo. Adjetivo. É tudo. Resume todos.
É mais que amor. É Corinthians. São vocês. Um bando de loucos.

por Mauro Beting em 31.ago.2015 às 8:02h

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