Há alguns anos cresce no Brasil, um movimento que se assemelha a uma Cruzada Evangélica por todo os cantos da nação, em todos os segmentos que tenham poder, dinheiro ou que possam interferir no nosso modo de vida.
Eles estiveram recentemente em grande número nas eleições para os Conselhos Tutelares, nas eleições para o poder legislativo (Federal, Estadual e Municipal) e no sistema de ensino. Se infiltraram nas concessões de Rádios e Televisões, onde possuem centenas de programas em diversas emissoras em todo país.
Com o surgimento do fundo eleitoral bilionário, eles se apossaram do comando de partidos políticos e até no mercado editorial. É uma tentativa de ocupação de espaços para forçar discussões que incluam a religião evangélica, em particular a pentecostal.
No campo político usam apoiadores que jamais foram cristãos no decorrer das suas vidas, como por exemplo, o presidente do Partido Liberal (PL) Valdemar da Costa, o candidato milionário à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal ou Bolsonaro.
Estes são usados como se fossem uma verdadeira "commodity" de raiz política, atraindo cada vez mais pessoas através da manipulação das mentes cristãs que não conseguem pensar além do livro dos salmos.
Não à toa, os eleitores elegeram em 2022, o pior e mais nefasto grupo de políticos para a Câmara Federal e o Senado que formam o mais assustador grupo de políticos eleitos desde a instauração da república em 15 de novembro de 1889. Seguramente em 135 anos de república, este é o pior mandato político do Congresso Nacional.
E não adianta dizer que eles não possuem culpa neste cartório, porque é comum pastores induzirem seus fiéis ao voto durante cultos, indicando pessoas ligadas às suas crenças. Pessoas que eles dizem que irão defender a família, nação e Deus. Quando, na verdade, estes, após tomarem posse e assento no Congresso vão apenas lutar pelos interesses dos grupos aos quais pertencem e aos seus interesses pessoais.
O Brasil ainda é um
país laico, apesar do esforço dessa religião para tomar conta de tudo e de
todos. O que acaba se assemelhando a uma religião do oriente que defende armas
e ataques terroristas. Religião? Cada um tem a sua, devemos respeitar as demais
e não querer jamais evangelizar quem já possui uma outra religião diferente da
sua. A palavra chave é respeito!
Autor: Rafael Moia
Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado
em Gestão Pública.
A ideia do texto surgiu após a leitura de um post do Prof Viaro numa rede social.
Um comentário:
Muito bom tocar no assunto religião. Independente de qual seja a escolhida pelo cidadão, o mínimo que se espera que esteja sendo cultuada dentro do seu templo e não nas tribunas dos poderes constituídos do país. Ainda somos um estado laico, como bem lembrou, mas está ficando praticamente impossível defender a sua religião em qualquer lugar, visto a avalanche de pentecostais presentes em todos os segmentos. A "ditadura religiosa" foi implantada e defenda-se quem puder.
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