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15 de setembro de 2023

Mais uma reforma pífia e tendenciosa!

 

Mais uma vez os deputados fazem uma reforma que somente os favoreceram em detrimento do conjunto da nossa sociedade. Desta vez, usaram a chamada Mini Reforma Eleitoral para legislar em causa própria de forma desavergonhada e imoral.

Na 1ª votação, 367 deputados votaram a favor da excrescência criada pela turminha do Centrão. Na 2ª e última votação, 345 aprovaram e apenas 55 disseram não. Outros 113 sequer participaram da votação tão importante.

O projeto de lei altera o Código Eleitoral brasileiro, a Lei da Ficha Limpa e ainda consegue fragilizar a Lei da Transparência e as prestações de contas. Pior, impossível.

Os absurdos e os incentivos às mamatas e falcatruas são enormes e descarados na nova proposta, que agora segue para o Senado e depois, se aprovada, vai à sanção presidencial.

Como diria o personagem lendário do autor Dias Gomes, Odorico Paraguaçu “A desavergonhança é tamanha que faz corar um pecador contumaz”.

Entre as principais barbaridades colocadas no projeto estão:

> Proposta de encurtar a inexigibilidade dos candidatos cassados;

> A corja promoveu um “liberou geral” para gastos eleitorais e propaganda;

> Liberação de propaganda cruzada entre partidos que não estejam coligados ou federados;

> As siglas partidárias poderão financiar as campanhas umas das outras, o que significa que um candidato a deputado de um partido poderá aparecer ao lado de outro que seja de outra legenda;

A reforma, ao contrário de tudo que é votado naquela casa, correu célere, sob o comando de Dani Cunha – União Brasil/RJ, filha de Eduardo Cunha, cassado em 2016. O relator do projeto (pasmem) foi Rubens Pereira Júnior – PT/MA, o que deixa comprovado que na hora de se lambuzar com benesses não há ideologia nem esquerda ou direita. Quase todos se locupletam na imoralidade e na lama da improbidade e falta de respeito ao cidadão brasileiro que, com seus tributos, banca essa Sodoma e Gomorra.

Por um milagre, a proposta do União Brasil, um dos piores partidos políticos existentes, abaixo apenas do PL do inelegível, não vingou. Eles queriam incluir no texto uma anistia às dívidas antigas dos partidos políticos, algo que pode chegar à espantosa soma de R$ 23 bilhões de reais.

Isso mostra definitivamente que os eleitores brasileiros em sua maioria votam de forma completamente sem consciência, elegendo gente desqualificada, que uma vez na Câmara, trabalha exclusivamente por eles e seus financiadores e apoiadores do maio empresarial.

Dos 513 deputados eleitos pelo povo em 2022, apenas 11% votaram contra o projeto e a favor da sociedade. Outros 113 (22%) sequer foram a plenário votar, fugindo de forma covarde da responsabilidade que lhes imputaram os eleitores nas urnas. Os 67% dos deputados que votaram a favor dessa imoralidade são aqueles que na campanha eleitoral falaram em “família, pátria, Deus” e enganaram aqueles que votam por brincadeira ou acham que política não é importante.

Os eleitores, independente de posição ideológica precisam começar a votar em candidatos ao Senado e Câmara Federal com propostas alinhadas com o candidato a presidência. Assim, após eleitos, os presidentes teriam maioria e poderiam então colocar em prática seus projetos. Assim, reduziria o poder de grupamento como o Centrão.

 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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