Na Copa da Rússia, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) implantou um sistema eletrônico de apoio à arbitragem conhecido pela sigla em inglês VAR. O equipamento tem por objetivo ajudar o árbitro central, no campo de jogo, a tomar decisão em lances considerados duvidosos. O sistema é formado por uma equipe de juízes e ex-juízes de futebol. Eles ficam em uma central de vídeo fora do estádio acompanhando por vários monitores de TV toda partida. A equipe conta também com o auxílio de técnicos em vídeos que escolhem os melhores ângulos do lance duvidoso para o replay da jogada. Em uma das margens do gramado, o juiz principal poderá rever o lance em um monitor de TV e tomar a sua decisão.
O sistema adotado pela FIFA funciona bem em diversos países, nos seus mais importantes torneios de futebol. No Brasil, desde que foi adotado pela CBF é muito questionado pela mídia, torcedores e até clubes de futebol.
Na minha visão, o grande problema, digo crucial do VAR no Brasil não é o equipamento de vídeo utilizado, mas sim, o fato de que a CBF treinou vários árbitros para comandarem esses equipamentos. Os mesmos árbitros que provocavam centenas de problemas nas partidas cometendo erros crassos, falta de critérios e com isso prejudicavam, até interferiam nos resultados das partidas.
Não adianta a CBF dizer que estes árbitros foram treinados para usar o equipamento, a origem é ruim, fraca, incapaz, logo, não vai dar os resultados esperados por todos.
Simples seria resolver o problema, retirando os árbitros do comando da sala de VAR. Contratando, treinando jovens acima de 21 anos de idade, com experiência comprovada em informática. Afinal de contas quem mais no país sabe manusear equipamentos de informática, vídeos e áudios?
Isso poderia trazer resultados melhores e não haveria a interferência da CBF nem da sua Comissão de Arbitragem que sempre foi ao logo dos tempos suspeita de cometer erros que acabam com a credibilidade do próprio esporte.
Um árbitro errar em campo é possível, visto que ele é humano, tem que tomar decisões em segundos após os lances da partida. Inadmissível é assistirmos erros bizarros, estapafúrdios com a ajuda do VAR. Isso tem sido uma constante nos jogos do futebol brasileiro.
A CBF jamais irá adotar essa providência, porém, os 40 clubes das Séries A e B deveriam propor e exigir a troca dos árbitros por jovens profissionais capacitados para acabar de vez com a dúvida que paira sob os equipamentos. O futebol gera milhões ao ano, porém é tratado de forma amadora e varzeana pelos dirigentes de clubes, federações e CBF.
Sala do VAR com monitor ligado na Globo.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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