A sina do Estado de SP, refém do eleitorado que votou nos tucanos desde 1995 e os manteve no poder até 2022, pode enfim acabar nas eleições deste ano para o governo do Estado.
Parece que o eleitorado enfim está se livrando da sua Síndrome de Estocolmo (é um fenômeno psicológico em que vítimas desenvolvem um relacionamento de lealdade e solidariedade com seu raptor).
As promessas de campanhas superaram as obras prometidas, num longo período em que poderiam ter feito muito mais e melhor do que aquilo que entregaram. A cidade de São Paulo, por exemplo, poderia ter hoje diversas linhas de Metrô funcionando, integradas ao sistema ferroviário e as linhas urbanas de ônibus. Porém, cada estação levou quatro ou cinco anos a mais para ser construída.
A saúde pública definha com a falta da expansão da rede hospitalar no Estado. Faltam leitos hospitalares e de UTI, assim como o Estado carece de médicos, enfermeiros, técnicos e funcionários em diversas áreas do segmento.
A educação foi sucateada e sofreu diversos desmontes ao longo dos 28 anos de gestão tucana. Os governadores sempre tiveram ódio dos professores, não só pela remuneração que não é a melhor, mas principalmente por não aceitar dialogar para promover as mudanças necessárias que o ensino sempre precisou.
A segurança foi a área que mais sofreu nas mãos dos tucanos, há um déficit de 37 mil no efetivo das polícias civil, militar e rodoviária no Estado. Faltam policiais, detetives, escrivães, delegados, legistas, além de equipamentos de última geração para o combate ao crime organizado. A única coisa que os governadores sempre compraram foram automóveis zero km.
A habitação e o saneamento básico foram duas áreas que o PSDB também ficou devendo a sociedade. O déficit em ambas é enorme tanto quanto injustificável. O Estado deveria ter após 28 anos déficit zero de habitações populares e água potável e esgoto em 100% do território paulista.
Claro que a política é dinâmica e poderemos ter gestões piores no futuro, porém, jamais teremos um partido governando por oito gestões consecutivas em 28 anos, que deixe tanto a desejar como os tucanos o fizeram.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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