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1 de novembro de 2019

As transformações que estão mudando o mundo!

A utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos, ela se afasta dez passos.
Por mais que eu caminhe jamais a alcançarei.
A Utopia serve para que jamais
deixe de caminhar em sua direção.
Eduardo Galeano

As manifestações populares ao redor do mundo mostram claramente uma transformação que não passa apenas pela insatisfação dos povos em relação aos seus governantes. Elas têm se acentuado nos últimos meses deste conturbado ano de 2019.
A linda Barcelona está em polvorosa com a antiga reivindicação de separação da Catalunha da Espanha. As prisões dos lideres deste movimento iludiram a policia e a inteligência do governo espanhol por alguns meses, porém, a fúria voltou as ruas com o dobro de pessoas e uma vontade única de separar-se de vez do julgo do governo espanhol. Se estão certos ou não a história no futuro dirá e poderá julgar todos os fatos e suas consequências.
No Líbano, milhares de pessoas tomaram as ruas em outubro para protestar vigorosamente contra o governo e sua incapacidade de resolver a grave crise econômica que afeta a sociedade libanesa. As manifestações, que acontecem pelo quarto dia consecutivo, são as maiores no país nos últimos cinco anos.
Os protestos, iniciados na quinta-feira, continuaram na capital, Beirute e em outros pontos do país, desde Trípoli e Akkar, no Norte, até Tiro e Nabatieh, no Sul, passando por áreas centrais. Os manifestantes agitavam bandeiras libanesas e cantavam: "O povo quer derrubar o regime".
A divulgação do governo libanês da criação de novos impostos, justificados como parte de medidas de austeridade para enfrentar uma crescente crise econômica. "As pessoas não aguentam mais", avisou Nader Fares, um manifestante no centro de Beirute, acrescentando que está desempregado. "Não há boas escolas, eletricidade e água", alertou.
Neste sentido, o estopim das manifestações, foi o anúncio de uma taxa para chamadas feitas através da internet, como pelo aplicativo de mensagens WhatsApp dentro do programa de austeridade. A medida, entretanto, foi retirada devido à pressão das ruas. Casos de corrupção e de má gestão governamental intensificaram a revolta da população.
Na América do Sul, o Chile ferve e milhões estão nas ruas protestando contra recém Reforma da Previdência implantada naquele país, a desigualdade crescente e a situação da economia claudicante do Chile. O estopim das manifestações vigorosas nas ruas chilenas foi o decreto de aumento dos transportes públicos. O governo pensou que eram atos isolados e feitos por baderneiros, porém, alguns dias depois, o presidente chileno Sebastián Piñera, percebeu seu erro de avaliação, pediu desculpas, revogou medidas, aumentou o salário mínimo e até pediu aos seus ministros que renunciassem aos cargos. Nada disso garantiu a trégua dos manifestantes que chegaram a colocar mais de um milhão de pessoas nas ruas de Santiago.
As eleições na Argentina, Uruguai e Bolívia mostram que o cidadão está muito atento aos destinos de seus países, confrontam ideias, exigem mudanças na economia, no trato com o meio ambiente e na forma de governar seus países.
A exceção fica por conta do maior país da América do Sul, o Brasil elegeu um deputado inepto por 28 anos, dentro de um partido pequeno, lotado de fisiologistas, oportunistas e com muitas suspeitas de fraudes através de candidaturas laranjas.
Sua gestão em dez meses não atacou o desemprego, nem estabilizou a economia, mantém a saúde e a educação em terceiro plano e, se caracteriza por agressões verbais inúteis tanto quanto desnecessárias que isolam o Brasil de grandes nações. Sua verborragia inútil contribui para o fracasso do acordo do Mercosul com a União Europeia, podendo inclusive levar ao esfacelamento do Mercosul, trazendo aos empresários brasileiros um prejuízo monstruoso para seus negócios.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública

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