A dificuldade não está nas novas
ideias,
mas sim em escapar as antigas.
John Maynard Keynes
Isso já aconteceu no começo do século
XX, quando os maquinários da época da revolução industrial inglesa começaram a
se tornarem obsoletos. Poucas décadas após o início daquele século e eles
desapareceram praticamente. Os cavalos de tração deram espaço e lugar aos veículos
motorizados.
Hoje, mais de um século depois os
trabalhadores de diversos segmentos têm razões de sobra para se preocuparem com
a evolução tecnológica e nova onda com a Inteligência Artificial e a Robótica
avançando celeremente sobre vários segmentos e não apenas os industriais. O
automotivo, por exemplo, já tem em funcionamento a algum tempo robôs na confecção
dos automóveis, caminhões e máquinas agrícolas.
O avanço agora com a utilização de robôs
que conseguem ler, falar e até escrever e, pasmem – calcular, transformam
completamente o papel dos seres humanos, antes, o fator mais importante na
produção. Essas transformações começaram a ser preconizadas desde a década de
80, como por exemplo, o vencedor do Prêmio Nobel Wassily Leontief que em 1983
já alertava sobre a diminuição da importância do homem na produção.
Assim como os animais deixaram de ser utilizados
na indústria no começo do século XX, agora é a vez dos humanos serem substituídos
pelos robôs de alta tecnologia e eficiência.
Se no século XIX, os trabalhadores se
preocupavam com a crescente utilização das máquinas nas indústrias. Na
Inglaterra William Leadbeater, operário inglês dizia que: “Essas máquinas...
são ladrões que vão roubar milhares de empregos”.
Nos Estados Unidos entre 1969 e 2009 o
valor real dos salários dos trabalhadores em tempo integral caíram em média 14%
(Quatorze por cento). Na Alemanha e no Japão, os salários estão estagnados na
maioria das ocupações há anos, mesmo com o contínuo crescimento da
produtividade. A razão é simples: oferta de mão de obra está se tornando cada
vez maior. Avanços tecnológicos estão colocando os habitantes da terra em
competição direta com bilhões de trabalhadores por todo o mundo, além da
competição com as máquinas em si.
No Brasil, pouco se discute essa
modernização, estamos ainda vivendo sob a égide da CLT – Consolidação das Leis
Trabalhistas elaborada na década de 40. Desatualizada, completamente sem
sentido nos padrões atuais onde a modernização tecnológica rompeu espaços e
colocou novas formas de trabalho em busca da produtividade.
São muitos os exemplos, os múltiplos aplicativos
(que vem do inglês application) que inundam o mundo atualmente usados através
dos celulares para alimentação, delivery, transporte, etc. Os espaços de
trabalho conjunto CoWorking que é uma nova forma de pensar o ambiente de
trabalho. Seguindo as tendências do freelancing e das startups, os coworkings
reúnem diariamente milhares de pessoas a fim de trabalhar em um ambiente
inspirador.
Essa união de pessoas permite que mais e
mais escritórios se espalhem pelo país. No Brasil, contam-se mais de 100
espaços. No mundo todo, estima-se que já existam mais de 4.000 espaços em
funcionamento.
Em breve veremos a nossa relação com os
Bancos deixar de existir na forma atual, passando a ser exercida praticamente
de forma virtual. O celular que entrou no país timidamente em 1991, com muitas
pessoas torcendo o nariz, acreditando que aquilo era modismo, hoje é ferramenta
imprescindível para todos.
É preciso que o país saia das discussões
ideológicas infrutíferas e passe urgentemente a trabalhar com o futuro, que já
estacionou sua nave ao lado de fora do nosso mundo. O futuro é ontem, a modernização
já começou e está a passos largos, se o Brasil demorar muito ficará como sempre
a reboque da utilização da IA – Inteligência artificial enquanto o presidente brinca
com o abastecimento ou não de navios iranianos nos portos brasileiros.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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