"O orçamento deve
ser equilibrado,
o Tesouro Público deve ser
reposto,
a dívida pública deve ser
reduzida,
a arrogância dos funcionários
públicos
deve ser moderada e controlada,
e a ajuda a outros países deve
ser eliminada,
para que Roma não vá à
falência.
As pessoas devem novamente
aprender a trabalhar,
em vez de viver à custa do
Estado".
Ano 55 a.C. Marco Túlio Cícero
Há muito tempo, tanto que perdi a
conta, ouvimos dizer que um dos problemas do sistema educacional brasileiro são
as autoridades perdendo tempo e recursos em coisas que ao final não geram
crescimento e desenvolvimento para o aprendizado. Tempo em que deixam de somar
esforço nas ações que realmente deveriam importar.
Governantes torram milhões em
licitações para a compra de equipamentos de informática, prédios, merendas e
salários dos professores. Pouco se investe em coisas importantes como –
formação dos quadros de professores e direção, discussão e modernização das
práticas de sala de aula, dever de casa, avaliação, qualidade dos livros
didáticos e dos materiais de apoio, currículo e o envolvimento com os
resultados, pontos que costumam ser deixados de lado.
Segundo Gustavo Ioschpe: “A quantidade
de estudos seria suficientes para fazer um túnel de papel daqui à Lua”,
mostrando as duas situações acima elencadas.
Nas ruas, os brasileiros comuns pensam
que os problemas da Educação no Brasil se resumem a recursos financeiros, ledo
e cruel engano. Primeiro porque recursos existem, o grande desafio é fazê-lo
chegar ao seu destino intacto. A corrupção no Brasil tem tentáculos em diversos
escalões, estando presente em praticamente todos os lugares onde haja dinheiro e
processos licitatórios.
Sabemos que a corrupção tem várias
formas de atuação, podendo ocorrer na licitação, na forma de propinas, no
desvio de verbas, etc. O Brasil precisa antes de qualquer coisa, ser estudado
com profundidade, reformulado e redescoberto para poder do zero recomeçar.
Se o processo passar incólume pelo
veio da corrupção, precisará ainda ultrapassar a barreira dos burocratas, dos
incompetentes e dos intelectuais de plantão. Estes atuam em projetos que acabam
desvirtuando o processo educacional, confundindo a sociedade e muitas vezes
atraindo o ódio da mídia, dos pais e principalmente dos professores.
Para poder começar uma revolução na
Educação é preciso prender os corruptos e afastar os demagogos usando a
ferramenta universal da transparência, enquanto os incompetentes você reeduca.
Ainda sobram os tecnocratas que lutam por programas quantitativos baseados
apenas na ideologia. Para estes, é necessários implantar uma agenda
maximalista.
Não adianta encher o currículo escolar
de matérias como se a simples inclusão destas fosse dar a qualidade necessária
em sala de aula idêntica as que os alunos do ensino privado e dos países de
primeiro mundo possuem.
É mais do que importante que a
sociedade questione: Nossas escolas conseguem dar conta de tanta inserção,
tantas temáticas transversais? Óbvio que não, definitivamente não conseguem,
bastando pesquisar e perceber que nossos alunos estão abaixo da média em
Matemática e Língua Portuguesa.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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