“A mente de um fanático é como
a pupila do olho:
quanto mais luz incide sobre
ela, mais se irá contrair”.
Oliver Wendell Holmes.
Nunca imaginei que a tecnologia nos
trouxesse até a era da comunicação rápida, com imagens instantâneas de qualquer
parte do planeta em questão de segundos. Com celulares ultramodernos captando
sons, cores e todos os tipos de mensagens em tempo real.
Conviver com tanta modernidade trinta anos
depois de vivenciar a escassez de linhas telefônicas fixas e a dificuldade
gigante para conseguir se comunicar até 1990, é algo fantástico.
De bônus, junto com toda esta
tecnologia de ponta, esta modernidade incrível, veio à internet, as redes
sociais, o contato aproximado com o mundo ao nosso redor num piscar de olhos,
no celular ou em várias outras plataformas digitais. As fronteiras foram
alteradas e tudo ficou próximo num mundo globalizado, onde a informação está disponível
para todo, sem exceção ,em tempo recorde.
Entretanto, nós brasileiros precisamos
conviver com a mentira propagada pelas fake news. Fatos distorcidos, imagens
arranhadas e muitas bobagens disseminadas por quem deveria primar pela
inteligência, usando as informações para levar conhecimento ao maior número de
pessoas.
Virou moda entre os incultos, os
iletrados espalharem mentiras eletrônicas pelas redes sociais e pelo WhattApp.
O terreno fértil da ignorância ajuda na divulgação, pois muitos replicam as
mentiras sem se preocupar em checar a veracidade das mesmas. Ninguém tem
“tempo” para fazer o certo nos dias atuais, correm com os dedos no seu celular
repassando bobagens, mentiras, acusações levianas para um numero cada vez maior
de pessoas.
Antes, durante e depois das eleições o
que mais li no Twitter foram às mentiras baseadas em fotos falsas, imagens
inexistentes e teorias conspiratórias sem nexo. Pessoas com prazer em divulgar
coisas sem fundamento para atingir partidos, candidatos ou pessoas de vários
segmentos, ou ainda, para enaltecerem seus personagens queridos, como se estes
precisassem de proteção.
E não só no campo político,
extrapolando para o esporte, o cinema, televisão, enfim, posts falsos distorcem
verdades, enaltecem criminosos e desvirtuam o conhecimento através de
informações falsas e maliciosas. O trote agora é virtual e traz consigo o ódio,
o preconceito, a mentira, a desfaçatez de uma gente sem pudor, sem conteúdo e
que deveriam ser banidas do nosso convívio.
É verdade que está havendo uma reação
da mídia, de algumas autoridades, porém, ela é lenta e não consegue evitar em
tempo real nem minimizar o estrago que estas inverdades causam no nosso
cotidiano.
Precisamos muito de educação de
qualidade, informação e principalmente de pessoas com ética que deixem de lado
partidos, clubes, religiões e passem a respeitar o próximo como gostariam de
ser respeitados, seguindo o ensinamento de quem não mentiu e viveu por nós aqui
nesta mesma Terra há dois mil anos atrás.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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