A lei de ouro do comportamento
é a tolerância mútua,
já que nunca pensaremos todos
da mesma maneira,
já que nunca veremos senão uma
parte da
verdade e sob ângulos diversos.
Mahatma Gandhi
A eleição para escolha do presidente
da república pelo período de 2019 a 2022 terminou neste dia 28 de outubro de
2018, com o seguinte resultado final: Jair Bolsonaro – PSL com 57.796.986 votos
(55,13%) e Fernando Haddad – PT com 47.038.963 (44,87%).
Entretanto, somando-se os votos nulos
7,43% - 8.608.088, brancos 2,14% - 2.486.591 e as abstenções 21,30% - 31.341.417,
chegamos a um total de aproximadamente 42.466.096 (Quarenta e dois milhões quatrocentos
e sessenta e seis mil e noventa e seis) eleitores que não votaram em nenhum dos
dois candidatos no segundo turno.
Esses números além de demonstrar que
as escolhas feitas no primeiro turno não eram aquelas desejadas, denotam o
afastamento gigantesco de uma parcela considerável da população brasileira da
política partidária em nosso país. Isso é muito ruim, preocupante e digno de
análise não somente pelos partidos, mas por todo contexto da nação.
Na prática, o candidato eleito foi
ungido ao cargo por apenas 39% (trinta e nove por cento) dos eleitores aptos a
exercerem o direito de votar no Brasil. Se levarmos em consideração a população
do país de aproximadamente 210 milhões, esse percentual cai para 28% (vinte e
oito por cento).
O país não está dividido nas urnas e
nas ruas entre quem é favorável a Bolsonaro ou ao PT, mas a conta certa é a
seguinte:
39%
- Bolsonaro (PSL) - 32% - Haddad (PT) - 29% - Ausentes ou descrentes (Branco e
Nulo).
Se somados os votos dados ao PT e
aqueles que anularam, deixaram em branco ou se abstiveram de votar chegamos a
61% do eleitorado do país. O que não é pouco, mas sim, uma parcela considerável
de quase dois terços do eleitorado.
Entre as tarefas do novo presidente
além de recuperar a economia, o pleno emprego, conduzir as reformas estruturais
necessárias (Fiscal e Tributária, Previdenciária e Política), enxugar a máquina
federal e o Estado brasileiro, estimular e combater a corrupção, retomar o
crescimento dando segurança, educação de qualidade e saúde pública decente,
estará a reconstrução da credibilidade perdida na classe política pelo povo
brasileiro ao longo dos últimos 33 anos, incentivando o Congresso Nacional a
reduzir o número obsceno de partidos políticos.
Não são tarefas fáceis para nenhum
presidente, seja um gestor público experiente ou um ex-deputado acostumado a
ser pedra e não vidraça. Palavras daqui para frente pouco ou nada importam,
medidas e exemplos serão ou não seguidas e aceitas dependendo da sua
abrangência.
Ao partido que perdeu as eleições
resta apenas uma única saída, a reconstrução sob uma nova base, sob novos
conceitos pragmáticos e de novas lideranças menos rejeitadas, mais pró ativas e
com menos laivos de traços de passado, olhando para o futuro e pensando nos
erros cometidos para nunca mais os cometê-los. Isso obviamente serve para os
demais partidos que perderam nestas eleições no primeiro turno.
O Brasil jamais será o mesmo após o
resultado destas eleições, caberá agora mais do que nunca que os brasileiros exerçam
na plenitude seus direitos de cidadão e fiscalizem, cobrem e acima de tudo
acompanhem aquilo que estará sendo discutido e realizado no país.
O tempo de submissão e acompanhamento
à distância ajudou a produzir aquilo que não queremos na vida pública,
portanto, vamos alternar a nossa forma de olhar para a política e cuidemos da
nossa democracia. O momento é agora!
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/11/brancos-e-nulos-crescem-em-90-das-cidades.shtml
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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