Se você falar com
um homem numa linguagem
que ele
compreende, isso entra na cabeça dele.
Se você falar com
ele em sua própria linguagem,
O chamado
horário político da propaganda eleitoral gratuita foi regulamentado através da
Lei N.º 9.504/97. O critério para distribuição do tempo disponível aos partidos
para uso da propaganda eleitoral é o seguinte conforme o Art. 47, §2º:
Os horários
reservados à propaganda de cada eleição, nos termos do parágrafo anterior,
serão distribuídos entre todos os partidos e coligações que tenham candidato e
representação na Câmara dos Deputados, observados os seguintes critérios:
I - um terço, igualitariamente;
II - dois terços, proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos
Deputados, considerado, no caso de coligação, o resultado da soma do número de
representantes de todos os partidos que a integram.
Entretanto, este horário jamais foi gratuito e a maioria da população
brasileira desconhece o mecanismo que remunera as emissoras de rádio e
televisão do país que cedem seu espaço milionário para a utilização dos
partidos e seus candidatos durante o ano.
Ninguém, muito menos as emissoras dão nada de graça neste país, ao
contrário, elas descontam cada segundo ao final do ano, quando preparam o fechamento
contábil. Desta forma, eles abatem do imposto de renda uma verdadeira fortuna
que em tese, seria utilizada para obras e serviços destinados à população
brasileira.
Se assim raciocinarmos, nós, brasileiros pagamos o chamado horário
político de propaganda eleitoral, que desta forma não é gratuita, mas sim muito
cara para todos nós que recolhemos pesados tributos.
O horário destinado aos partidos em anos eleitorais, precisa ser
modernizado e revisto, pois concede espaço demasiado aos candidatos a cargos do
sistema majoritário (Presidente, Governadores, Prefeitos e Senadores) em
detrimento dos candidatos aos cargos do sistema proporcional (Vereadores, Deputados
Estaduais e Federais).
Essa desigualdade de tempo de exposição dificulta aos concorrentes ao
parlamento para exporem suas ideias, projetos, o que favorece as brincadeiras,
as piadas e os candidatos desprovidos de intenções sérias quanto a sua vida
política como futuros representantes do povo.
Um novo modelo deveria ser pensado para que os candidatos pudessem expor
ao eleitor sua plataforma, seus projetos e ideias de forma sucinta e direta a
sociedade. A forma exibida atualmente é uma versão ligeiramente melhorada do
que era permitido na época do regime militar, quando apenas as fotos dos
candidatos apareciam na telinha dos televisores.
Emissoras de televisão e rádio privadas deixaram de pagar — entre 2004 e 2013, período analisado pelo DIA através de dados fornecidos pela Receita Federal — R$ 3,5 bilhões em impostos, com a desculpa de que o valor é um ressarcimento pelas transmissões de programas eleitorais. Somados aos R$ 839,5 milhões previstos para este ano pela Receita Federal, o Brasil terá aberto mão, ao fim de dez anos, de R$ 4,3 bilhões. A quantia é maior do que o PIB (total de riquezas produzidas) de 75 dos 92 municípios do Estado do Rio.
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