"As dúvidas são mais
cruéis
do que as duras
verdades"
Moliére
Na ditadura
militar o general Geisel ampliou o número de ministérios para dezenove, na
época algumas críticas foram feitas timidamente visto que, vivíamos num regime
de exceção e liberdade de expressão não era um produto muito apreciado pelos militares
de plantão e seus censores com curta inteligência.
Hoje mais de
vinte e cinco anos após o fim daquele regime, estamos com uma democracia
instaurada, voto livre, imprensa livre e ninguém questiona o absurdo do número
de ministérios do governo federal. Para quem não sabe, são 39 ministérios entre
os quais a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, Ministério da Seca, da
Pesca, das Cidades, do Interior, da Integração Nacional, etc.
Esses
ministérios não produzem praticamente nada e isso não é segredo para ninguém. É
tanta improdutividade que o MST poderia invadir e tomar posse, pois são áreas sem
atividade em favor do povo brasileiro.
Os produtos que
compõe a mesa do assalariado e o álcool combustível dispararam seus preços, com
isso elevaram a inflação de forma significativa. Pois nenhuma atitude foi
tomada por nenhum ministro, nenhum estoque regulador foi criado, nenhuma
exportação foi sequer pensada para fazer os preços recuarem.
Nada,
absolutamente nada foi sequer cogitado. E o mais grave é que esse é o
comportamento padrão, aconteça uma crise aérea, acidente ambiental, estiagem ou
tenhamos qualquer problema, a omissão e a inércia é total na esplanada dos
ministérios.
Os ministros
só não têm preguiça para gastar dinheiro do erário com verbas livres de
publicidade e despesas de viagem pelo mundo afora sem que haja quaisquer tipos
de controles ou políticas de reduções de despesas.
Aliás, a única
coisa que Dilma faz é gastar sem que em tempo algum tenha feito um mísero
esforço para economizar a montanha de dinheiro arrecadado em impostos
escorchantes. Dilma não tem planos de governo que envolva estratégia de
economia de recursos públicos, redução da folha de pagamento ou redução dos
gastos monumentais da máquina federal.
São 39
ministérios com ministros nomeados em troca de favores políticos eleitoreiros junto
aos partidos aliados da base governista sem que necessariamente os indicados tenham
passado pelo simples crivo técnico de conhecimento da pasta que ocupam.
Ao contrário,
hoje em dia os deputados sequer indicam seus apadrinhados, preferindo eles
próprios tomarem posse. Isso faz com que tenhamos dois problemas, o primeiro é
que os deputados não têm necessariamente conhecimento técnico para a pasta a
ser ocupada e o pior, seu desconhecido suplente irá para a Câmara Federal ou
Senado.
O número
elevado de Ministérios ainda proporciona a criação de centenas de cargos de assessores,
assistentes, especialistas em coisa alguma num verdadeiro festival de
desrespeito ao povo. O país funciona por osmose e também pelo esforço da nossa
sociedade civil que apesar de não ter apoio governamental, cresce e ajuda a
desenvolver a nossa economia.
Apenas para
efeito de comparação, há mais de quarenta anos atrás o governo Jânio Quadros
começou sua gestão com 15 (quinze) ministérios, isso durou até o governo
Geisel. Collor e Fernando Henrique Cardoso também criaram ministérios, mas o PT
exagerou na dose e além de ampliar os ministérios propriamente ditos, ainda deu
status de Ministérios a várias secretárias cujas finalidades são amplamente
discutíveis do ponto de visto ético, moral e funcional.
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