“A ignorância é a maior enfermidade
do gênero humano.”
Marco Túlio Cícero
O voto é um direito do
cidadão brasileiro, consagrado em nossa Constituição Federal e nos Tratados de
Direitos Internacionais dos quais o Brasil é signatário. Entretanto, muitos
erroneamente transferem esse direito à terceiros, na medida que deixam de exerce-lo
em sua plenitude. A participação política é o exercício da liberdade
individual para a construção coletiva do bem comum. O homem, segundo o pensador
grego Aristóteles é um animal político, o que o diferencia dos demais animais
da terra. Portanto, nada mais natural do que sabermos que fazemos política
durante nossa vida inteira, não necessariamente a política partidária, mas a
política na vida cotidiana.
Apesar de tudo, uma pesquisa do Instituto DataFolha
divulgada no último dia 19 de setembro mostra que 72% do eleitorado brasileiro
ainda não decidiu em quem votar para Deputado Federal e 69% ainda não
escolheram seu Deputado Estadual.
De acordo com a pesquisa, apenas 20% entre os mais jovens
em quem votar para Deputado Federal. A média é maior entre os com renda mensal
familiar de 5 a 10 salários mínimos (36%) e acima de 10 salários (36%). Para
Deputado Estadual. A média dos que escolheram seu candidato é maior entre os
mais escolarizados (41%) e os mais ricos (45%)
Que se tenha dúvidas nas eleições majoritárias (Presidente,
Governadores e Senadores) é passível de entendimento, visto que não são tantas
as opções. Porém, para Deputado Estadual e Federal, surgem em cada Estado
centenas de opções de voto, não se justificando essa situação demonstrada pela
pesquisa.
São justamente esses candidatos que vão compor os
parlamentos e dar ou não condições para que os governantes eleitos possam
cumprir as promessas de campanha que, interessam a todos no país sem exceção.
Se ausentar dessa discussão e evitar conhecer as opções de
candidatos transformam esses brasileiros em analfabetos da nossa vida pública.
Eles perdem a grande chance de estar no comando como protagonistas, ficando em
segundo plano como meros coadjuvantes.
Em 2010 o Brasil tinha aproximadamente 135 milhões de eleitores
aptos a votar. Destes, apenas 99 milhões exerceram esse direito. O pleito teve
mais de 36 milhões de eleitores que votaram nulo, branco ou se abstiveram de
comparecer às urnas.
Esse número é maior do que a população inteira do Canadá (34,88
milhões em 2012) e supera em quase 5 milhões a soma das populações de Portugal
(10,53 milhões em 2012), Chile (17, 46 milhões em 2012), Uruguai (3,39 milhões
em 2012).
Essas pessoas precisam entender urgentemente que a urna não é
lugar de protestos, mas sim de apoio a pessoas sérias que devem nos representar
nos parlamentos. Se ausentar das grandes decisões favorece que uma minoria má
intencionada tome conta dos destinos do país.
Afinal de conta, ninguém fica quatro anos sem olhar a sua conta bancária
ou as notas de seus filhos na escola, nada mais inteligente do que não ficar
quatro anos ausente do acompanhamento, da fiscalização e da cobrança com
relação aos nossos políticos em todas as instâncias. Agindo assim, seremos
novamente protagonistas e poderemos escolher o futuro que queremos para nossas
Nação. Vote com Consciência!
Efeitos do Voto branco/nulo/piada.
- Favorece a corrupção eleitoral e a eleição de candidatos sem representatividade.
- Aumenta o valor de Fundo Partidário dos partidos que usam o “puxador de
votos”.
- Aumenta o tempo de exposição dos maus partidos na propaganda eleitoral
gratuita.
- Desestimula que os bons partidos escolham bons candidatos para formar suas listas.
- Desestimula que os bons partidos escolham bons candidatos para formar suas listas.
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