Podeis
enganar toda a gente durante certo tempo;
podeis
mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo;
mas
não vos será possível enganar sempre toda a gente.
Há dois meses da realização das
eleições no país, quando escolheremos pelo voto direto presidente,
governadores, senadores e deputados estaduais e federais, o país assiste ao deboche
dos parlamentares com mandato no Congresso Nacional para com o povo brasileiro,
o mesmo povo que elegerá uma nova bancada na Câmara Federal.
Nas últimas legislaturas (24 anos)
pouco ou quase nada foi realizado pelos congressistas brasileiros eleitos pelo
povo para fiscalizar o executivo, propor nova legislação, atualizar as
existentes, reformular a política nacional, impostos e carga fiscal, sistema
educacional, da saúde e previdenciário entre tantas coisas que há por fazer.
Ao contrário, a eleição determina para
eles apenas quem está com o governo ou contra. A favor ficam a chamada base
governista, que se curva diante da pasmaceira de governantes pouco ou nada
interessados em fazer o país evoluir, do outro lado, oposicionistas que só
pensam em estar no poder novamente.
Desde que o Brasil voltou a eleger
presidentes da república pelo voto direto já se vão 24 anos e não tivemos
evolução alguma na Educação, na Saúde Pública, Segurança, Habitação, Transporte
e Mobilidade Urbana, atualização de Códigos e Leis importantes como a CLT por
exemplo.
Tudo por culpa da junção do Poder
Executivo com o nefasto Poder Legislativo inerte, omisso e preguiçoso que temos
no nosso combalido país. Para exercer o papel de representantes do povo ou
despachantes dos governantes, deputados e senadores recebem altos salário
acrescidos de vantagens imorais que nenhum outro trabalhador recebe.
Trabalham pouco ou quase nada durante
a semana (Chegam na Terça-Feira no DF e vão embora na Sexta-Feira para seus
Estados de origem pela manhã). Não votam a pauta, arquivam milhares de
processos e projetos, discutem apenas quando algum podre do Executivo pode dar
ibope na mídia com a criação de alguma CPI.
A maioria, depois de eleita quase
sempre é governista, fruto dos benefícios oriundos desta opção vantajosa
(Cargos em Ministérios, Secretarias, Estatais, Autarquias, enfim, órgãos da
administração direta e indireta do país. Esses costumam ficar calados, pouco
aparecem, exceto em época de eleições ou para defender o governo.
A minoria fica criticando o governo,
propondo CPI’s, propondo tudo que não fariam se estivessem na situação
governista. Ambos têm em comum o fato de que não trabalham na casa pelo povo
brasileiro, esquecem por completo e por conveniência da pauta da Câmara e
Senado.
Ano após ano, mandatos após mandatos
nada muda, os ratos estão cada vez mais ricos e nós aqui embaixo indignados
tentando achar uma fórmula de eleger gente séria, honesta e que não façam da
política uma profissão, mas sim um sacerdócio em prol da sociedade brasileira.
Uma situação difícil, quase utópica do
eleitor do maior país da América do Sul, que vê os índices econômicos,
educacionais e de qualidade de vida ficarem abaixo de republiquetas menores e
piores que o nosso próprio país a cada nova divulgação na mídia.
Mas apesar disso, não podemos
desistir, temos de acreditar em nós, em Deus e na mudança destes senhores que
enxergam a eleição como meio de vida, enquanto ela é apenas e tão somente para
nós uma esperança de dias melhores.
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