O poder se torna mais
forte
quando
ninguém pensa.
Em 1886, cerca
de 128 anos atrás aconteceram fatos que chamaram minha atenção ao ler um
pequeno trecho do livro 1889, sobre a Proclamação da República. Segue abaixo:
“Em 1886, cinco escravos foram presos na cidade de
Paraíba do Sul, província do Rio de Janeiro, acusados de matar o feitor. Um
deles foi condenado à prisão perpétua, os demais, a trezentas chibatadas cada
um. Era um número tão elevado de açoites que a aplicação da pena durou três
dias para ser executada. Ao final, com as costas lanhadas pelo chicote, os
quatro foram obrigados a retornar a pé da cidade até a fazenda onde trabalhavam.
No caminho, dois morreram. Os outros desmaiaram e foram levados em carros de
boi. A repercussão do episódio foi tão grande que, em poucos dias, o Senado
aprovou uma lei colocando fim as punições com açoites”.
No episódio acima
podemos perceber que o Brasil já teve punições rigorosas para quem cometia
crimes, claro que, não os poderosos, mas o criminoso comum sofria penas duras.
Ao contrário de hoje onde até os estupradores e assaltantes que usam dinamite
tem vida fácil, respondem em liberdade e recebem dezenas de benefícios.
Outra coisa
que o texto nos deixa ver é que no Brasil já houve prisão perpétua. Hoje a
justiça na pressa de soltar os criminosos, visto que o Executivo não
disponibiliza vagas em presídios, nem se cogita a prisão perpétua, alegando-se
que o presídio visa recuperar os criminosos. Nem o mais ingênuo cidadão do
mundo acredita nesta paródia.
Por fim, no
mesmo texto, nota-se que ao saberem da repercussão dos açoites, o Senado se
mobilizou para mudar a pena, o castigo, enfim, agiu em sintonia com a
sociedade. Hoje os senadores vivem num mundo diferente do nosso. Não querem de
forma alguma alterar e dar mais rigor as leis que são muito brandas.
Não importa se
a sociedade clama por justiça. Não importa se o problema é grave ou se tem bancos
com seus caixas eletrônico voando com explosões realizadas por terroristas
urbanos. Nossos senadores nada fazem, nada discutem, deixando a sociedade que
paga seus salários e benefícios à Deus dará.
A cada novo
mandato de oito anos temos a impressão que o Senado piora, fica mais omisso,
mais preguiçoso e menos próximo da sociedade brasileira. Nem na era Romana os
senadores eram tão despreparados e tão despreocupados para com os seus
semelhantes. Os votos
deveriam servir de açoite, eliminando e renovando o Senado brasileiro nestas e
nas próximas eleições.
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