Para que um leigo possa entender o porquê de os políticos lutarem tanto para se manterem na Câmara Federal em Brasília, é preciso listar alguns pontos. Para começar, a escala de trabalho não é igual a dos trabalhadores brasileiros de 6x1, onde trabalham seis dias e folgam um dia por semana. Os excelentíssimos possuem escalas 3x4. Sim, trabalham de vez em quando na terça, quarta e quinta-feira, folgando de sexta-feira até a outra segunda-feira.
O motivo pelo qual os deputados do Centrão até a extrema-direita votarem contra o fim da escala 6X1 é para favorecer os empresários e, assim, dane-se o povo, que só interessa quando estão na época de reeleição.
Para essa sacrificante escala de trabalho na Câmara eles recebem um parco salário e alguns adicionais, vejamos:
R$ 44.700,00 – Salário;
R$ 94.300,00 – Verba de Gabinete (Esse valor explica rachadinhas);
R$ 53.400,00 – Auxílio Paletó;
R$ 5.000,00 – Auxílio combustível;
R$ 22.000,00 – Auxílio moradia (Morando em aptos funcionais);
R$ 59.000,00 – Auxílio para passagens aéreas;
R$ 17.997,00 – Auxílio Saúde;
R$ 12.100,00 – Auxílio Educação (Proibido rir);
R$ 16.400,00 – Auxilio alimentação (Restaurantes);
R$ 13.400,00 – Auxílio Cultural (Segure a gargalhada);
Sem contar auxílio dentista, farmácia e outros itens, além de viajarem ao exterior sem precisarem comprovação de nada referente as suas despesas e a ausência do plenário. Viajam para posse de presidentes de direita, para reuniões de políticos de extrema-direita, etc.
Na hora de discutirem escala de trabalho deveriam ter vergonha de participarem, pois desconhecem o que seja escala e principalmente “trabalho”.
Depois, nós brasileiros somos obrigados a ler e ouvir falarem de dívida da Previdência Social, onde fica claro que o problema do INSS não está nos trabalhadores, muito menos nos aposentados, mas sim nos políticos, nos marajás da Justiça e nos militares e suas vantagens “ad eternum”.
A recente e imoral reforma da previdência atacou benefícios e reduziu tempo e valores das pensionistas e dos aposentados com vencimentos menores que R$ 2.000,00. Enquanto essa casta recebe milhões ao ano, aposentam-se com menos tempo e mais recursos oriundos dos nossos impostos. Filhas de militares recebem pensões até a morte, motivo pelo qual não casam oficialmente.
A forma cordeira e pouco ou nada firme da nossa gente é um terreno fértil para que isso se mantenha por todo sempre. A sociedade tem força e precisa usá-la para cobrar o fim dessas imoralidades a luz do dia praticadas por estes marajás.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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