O Brasil tem diversos problemas para serem resolvidos. Entre eles, está o "mercado financeiro" que vive da especulação financeira, promove a bel prazer e por ideologia barata a manipulação do câmbio e a oscilação das bolsas de valores. Odeia políticas públicas que venham a favorecer os mais pobres no país. Odeia que se discuta criação de impostos para grandes fortunas. São aliados dos ricos e poderosos, querem que os trabalhadores não tenham benefícios e vantagens.
Passaram quatro anos apoiando um ministro da fazenda que nunca passou de um livro com páginas em branco (Paulo Guedes), um sujeito cujo legado é a improdutividade. Agora que temos um governo que trabalha, acertando e errando como qualquer gestão, o tal mercado age de forma contrária aos interesses da economia e do povo. Em conjunto com o presidente do BC, um bolsonarista que não enxerga nada que não seja a vontade de prejudicar o atual governo.
Outro problema ainda mais grave se chama "Orçamento Secreto" na Câmara Federal. Quando pensamos que políticos, que teoricamente foram eleitos para defender os interesses da sociedade, ameaçam "parar" o país, e não aprovar nada se não puderem utilizar o orçamento de forma espúria, escondida e sem transparência, significa em resumo que estes políticos perderam completamente a vergonha na cara. E os eleitores que os elegeram precisam rever seus votos, que na prática ameaçam a democracia e o seu bolso.
Os operadores do orçamento secreto são os membros do chamado Centrão e da base de extrema-direita bolsonarista. Viúvas das motociatas, da invasão da praça dos 3 Poderes e das bravatas contra as urnas eletrônica e o resultado das eleições quando são derrotados. Essa escória, desde a posse de Lula/Alckmin, está fazendo chantagem contra o governo federal para que sejam liberados recursos bilionários para emendas secretas, sem transparência, cuja destinação é um mistério.
Curioso e revoltante é que nem o Mercado Financeiro nem os deputados do Centrão fizeram algo quando o governo Bolsonaro torrou R$ 794,9 bilhões acima do teto de gastos entre 2019 e 2022, segundo levantamento do economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).
Esse valor representa a soma de autorizações que a atual gestão obteve no Congresso para gastar acima do limite constitucional com outras manobras que driblaram o teto. Estes mesmos deputados na gestão Lula estão dificultando a atual gestão na liberação para gastos fora do teto em algumas despesas futuras. O teto foi criado para evitar que os gastos do governo saiam do controle, vinculando-os à inflação do ano anterior.
Como alguém pode
governar se parte do Congresso Nacional é composto de chantagistas que só
querem usufruir de recursos via emendas suspeitas? Como manter a economia em
crescimento se o presidente do Banco Central colocado por Bolsonaro elevou as
taxas de juros a um patamar de 12,5%, dificultando sobremaneira as ações do
governo?
Autor: Rafael Moia
Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado
em Gestão Pública.
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