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25 de setembro de 2024

Brasil caminha para ser um imenso deserto!

 

Somente após a última árvore cortada, após o último rio ser envenenado, o último peixe ser pescado. Somente então o homem descobrirá que dinheiro não pode ser comido. Provérbio Cree.

 

Contando com a omissão de uma parcela significativa da sociedade brasileira e da grande mídia, tendo ainda o apoio criminoso da direita bolsonarista, estamos assistindo celeremente à desertificação das terras brasileiras. 

 

As nossas matas, cerrados, floresta amazônica e o que sobrou do pantanal estão sendo dilapidados pelos fazendeiros gananciosos e os latifundiários criminosos na expansão de suas áreas de plantação e pastos. 

 

Parte dessa gente é altamente suspeita pelos incêndios criminosos que tomaram conta do cenário brasileiro nos últimos meses, e uma notícia recente dando conta da liberação de áreas do pantanal para pasto aos fazendeiros deixa claro que não é improvável que estes já sabiam da medida e se anteciparam ateando fogo nas áreas do pantanal.

Em plena crise de incêndios florestais em todas as regiões do país, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), sancionou no dia 19 de setembro, a lei estadual que autoriza pecuaristas locais a utilizarem áreas de proteção permanente (Apps) em uma região que compõe o Pantanal Mato-grossense para a prática de pastagem extensiva. A lei foi publicada nesta sexta-feira (20/09/24) no Diário Oficial do Mato Grosso.

Apesar de o fogo ser constantemente utilizado para abertura de pastos, o governador afirma que a permissão serve para evitar novos incêndios. A norma se aplica às áreas de reserva legal da planície alagável da Bacia do Alto Paraguai, visando “a redução de biomassa vegetal combustível e os riscos de incêndios florestais”. A prática deverá cumprir alguns requisitos, como a vedação ao plantio de gramíneas exóticas e à descaracterização da cobertura vegetal. O projeto é de autoria do próprio Executivo e passou pela Assembleia Legislativa.

Não sei a quem o governador quer enganar, justo ele que é da direita bolsonarista e, como os demais, figura negacionista raiz. Os fazendeiros da região já sabiam do decreto enquanto este estava sendo escrito no gabinete do governador, momento então que decidirão se antecipar e atearam fogo sem dó na vegetação nativa do Pantanal. Infelizmente, não temos autoridades que possam perceber a gravidade do decreto e o crime ambiental de proporções gigantescas que está na esteira da medida que libera “pasto” em meio ao maior Santuário ecológico do Brasil pelos seguintes motivos:

·       Diversidade única: É uma das maiores áreas úmidas continentais do planeta, com uma biodiversidade impressionante. Abriga uma grande variedade de plantas, aves, mamíferos, répteis e peixes.

·       Reconhecimento internacional: Em 2000, a UNESCO reconheceu o Pantanal como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, destacando sua importância global para a conservação da biodiversidade.

·       Paisagem exuberante: A região apresenta uma beleza natural única, com paisagens que se transformam ao longo das estações, especialmente durante as cheias.

·       Importância para a pesquisa científica: O Pantanal é um laboratório natural para estudos sobre ecologia, biodiversidade e mudanças climáticas.

Paralelamente, é uma região de fundamental importância para a preservação do regime hídrico característico do Pantanal, e essencial para sua conservação. Ao que parece, nada disso tem a mínima importância para o governador do Mato Grosso, os prefeitos das cidades do Estado, o Agronegócio e os fazendeiros e latifundiários gananciosos.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2024/11/12/pantanal-reduz-38-de-area-alagada-em-5-anos-diz-estudo-sinal-alarmante.htm 

24 de setembro de 2024

Esquentados, otários, exagerado!

 

Entre nós, há os esquentados, que de repente mata alguém por bobagem (não se deve matar nem por coisa séria). Numa família, há sempre um sujeito de estopim curto. 

Num churrasco de parentes, há sempre alguém escalado para ficar perto do cara. Existem também aqueles que fazem um quebra-quebra com as cadeiras de uma lanchonete. Adora ver tudo quebrado. Esse tipo é bem mais raro entre as mulheres.

De repente, um desses esquentados resolve ser militante político. Aí todo mundo fala que político nenhum presta. O cara já era assim na sociedade, pulou para a política porque encontrou a porta aberta e de repente, por ser assim, é o mais votado. Não era louco sozinho. E a política leva a fama.

Assim aconteceu com Pablo Marçal e José Luís Datena. Insultos e cadeirada destinam o rumo político da maior cidade da América Latina. A coisa foi tão feia que até mereceu a condenação do maior porra-louca da política brasileira: Bolsonaro.  

Rico e pobre são duas categorias sociais que extrapolam a sociologia e a economia. Rico que ficou pobre é um mau pagador, descontrolado. Ganha como pobre, mas gasta como rico. 

Pobre que ficou rico facilmente é um esbanjador, se não alguém de confiança para gerenciá-lo, vai ficar na merda de novo. Estão nessa categoria artistas, atletas e sortudos das loterias.

Gusttavo Lima ficou rico, frequentou ambientes de muito glamour e sem estudo, levar vantagem é o seu lema. Na política, não ficou neutro, pulou para o pior lado, se juntou aos iguais. Fez investimentos com dinheiro dos cachês em segmentos duvidosos e está com prisão decretada. O que era bom, ficou ruim.  

Quem quiser conhecer bem a personalidade Gusttavo Lima leia a entrevista do fotógrafo  Tinhu Gomes concedida a Fábia Oliveira, portal Metrópole

Eduardo Galeano – escritor uruguaio

“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e o culto mais do que Deus. Vivemos na cultura da embalagem, que despreza o conteúdo.”

O escritor exagera, nem tudo está perdido, mas a sua hipérbole compensa, pois só com o exagero entendemos a realidade do cotidiano desgastado. Essa é a função da literatura.

Autor: Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba - SP. Publicado no Blog do Consa.

20 de setembro de 2024

Uma cidade sendo administrada por gente da Idade Média!

 

A censura está viva, apesar de não estarmos vivendo num regime de exceção ou numa ditadura militar no Brasil. O MP/SP e a Defensoria Pública foram obrigadas a impetrarem ação na Justiça contra o município de São José - SP. E o motivo foi a retirada de um livro das escolas da cidade em junho deste ano. A ação pede uma indenização por danos morais de cerca de R$ 150 mil.

O livro foi escrito por Flávia Martins de Carvalho, juíza que integra os quadros do Tribunal de Justiça de São Paulo e, é juíza ouvidora do Supremo Tribunal Federal, e contém versos e histórias que contam resumidamente a trajetória de mulheres de destaque em diversos campos da sociedade.

Mesmo assim, com toda notoriedade e o cargo ocupado pela autora do livro, apareceu na Câmara dos Vereadores da cidade um vereador com pouca - ou nenhuma - capacidade de compreensão de um texto, daqueles que ao longo da vida raras vezes se defrontou com um livro.

Mas o vereador Thomaz Henrique – PL/SP (Partido de Bolsonaro) não conteve a sua fúria e acusou o livro de “doutrinação ideológica” e “apologia ao aborto”. Tudo isso porque o livro cita a vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada a mando de um deputado bolsonarista no Rio de Janeiro. 

As autoridades do MP/SP e da Defensoria Pública não encontraram nada que pudesse desabonar ou justificar a retirada dos livros das escolas. Eles amam armas, pastores charlatães e milicianos, porém odeiam livros, escritores e história.

A Secretaria de Educação constituiu uma comissão para examinar o livro e a conclusão é que “o livro não contém nenhuma conotação político-ideológica” e a citação a Marielle Franco é retratada por ser uma socióloga que contribuiu com mudanças importantes na sua área de atuação.

Quanto a justificativa de que o livro aborda direitos reprodutivos, é completamente descabida, uma vez que não há aprofundamento do tema no livro. Ou o vereador não leu nada do livro e foi levado por algum pai ou mãe histéricos ou precisa voltar aos bancos escolares para tentar aprimorar interpretação de textos.

A censura que os políticos ignóbeis do espectro de direita nacional querem impor à literatura, música e demais artes se assemelha à queima de livros em praça pública promovidas pelo assassino Adolf Hitler na Alemanha nazista ou pelas perseguições promovidas pela Igreja Católica contra mulheres na inquisição.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.