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5 de maio de 2022

Trabalhose!

 A medicina poderia catalogar a intolerância que Bolsonaro tem ao trabalho de "Trabalhose". Antes de se alistar ao Exército em 1977, nunca trabalhou, depois ao servir aquela instituição, criou tantos problemas que acabou expulso e foi para a reserva em 1988. Foi então que percebeu que deveria enveredar para a política. Primeiro pegou uma molezinha, sendo eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC), onde nada fez, nada produziu durante seu mandato naquela casa de leis.

Dois anos depois, em 1990, foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, onde ficou sendo reeleito por 27 anos, da mesma forma que na Câmara municipal, pouco produziu como deputado federal, onde não são raras as fotos onde parece dormindo em plenário.

Neste longo período são muitas as acusações de contratações de funcionários fantasmas, como a famosa Wal do Açaí, que mora em Angra dos Reis e era funcionária do gabinete de Bolsonaro em Brasília, onde nunca pisou. E a pratica de rachadinha, orquestrada pelo seu amigo Fabrício Queiroz, que depois colocou sua experiência a serviço de Flávio Bolsonaro, deputado e hoje senador.

Em 2018, foi eleito presidente da república e desde que tomou posse em 01 de janeiro de 2019, raramente trabalhou. Se descontarmos as férias (Duas por ano), licenças médicas, passeios em motociatas, carreatas e as festas em que esteve presente (Formaturas militares em especial), pouco ou nada sobra do seu tempo útil dedicado ao país.  

Percebeu que ao inaugurar obras paradas, ou de seus antecessores, daria ao seu público a falsa impressão de um ritmo de trabalho que na verdade inexiste. Inaugurou até ponte de madeira, escolas fakes, estações de VLT que nunca começaram a funcionar e diz a seu público que foi ele quem fez a transposição do Rio São Francisco, a obra mais petista do país. Lula e Dilma edificaram 92% da obra.

Nunca em tempo algum desde a instauração da república em 1889, tivemos um presidente que tivesse tamanha aversão por trabalhar. Trabalho existe, responsabilidades são inúmeras no cargo que ocupa, porém, ele sabia antecipadamente que não possuía a mínima condição para exercê-lo. Porém, depois de eleito, se apegou ao cargo junto com seus familiares e dele não quer largar. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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