Depois de mais de mil dias da gestão do governo federal com Jair Bolsonaro na presidência, este finge que tem muito a comemorar sobre esse período. Tenta mais uma vez mentir desesperadamente sobre algo que não fez em mil dias nem vai fazer até o final do seu mandato: trabalhar.
Na verdade, estas abaixo são algumas das marcas do seu mandato:
Mil dias sem nenhum avanço ou projeto na Educação, onde nem a construção de escolas militares avançou no país. Não houve reestruturação no MEC, e a única coisa realizada foi o presidente não respeitar as listas tríplices formuladas nas Universidades federais, colocando sempre alguém alinhado ao seu governo ou a religião que predomina no governo. Cortou investimentos em educação e pesquisa das universidades.
Mil dias com a Saúde Pública na UTI, sem que o governo tenha realizado a construção de um hospital no país. Em meio a pandemia, além de não comprar vacinas para imunização em massa, como os demais países o fizeram, foi contra o uso de máscaras e isolamento social, preferindo indicar tratamentos precoces inexistentes à luz da ciência como Cloroquina, Ivermectina, Ozônio, entre outros.
Mil dias sem que nenhuma unidade prisional tenha sido construída no país, sem que tenha sido promovida a reforma do sistema penitenciário, enquanto liberava armas para que as mesmas acabem nas mãos de milícias e organizações criminosas no tráfico.
Mil dias sem a construção de ao menos uma unidade habitacional, num país onde o déficit habitacional é de milhões de unidades. Demonstrando desprezo pelos mais necessitados e carentes.
Mil dias sem que houvesse quaisquer avanços na construção de linhas de transmissão de energia elétrica ou de oferta de energia alternativa (Solar, eólica ou Biomassa) para fazer frente à crescente demanda por energia no país.
Para não dizer que não fizeram nada, foram mil dias de destruição do Meio Ambiente, com queimadas propositais, garimpos ilegais, desmatamentos criminosos, furto de madeiras, agressões e assassinatos em áreas indígenas, destruição do Pantanal e Floresta Amazônica. Tudo isso depois que o governo Bolsonaro promoveu um desmanche no IBAMA, impedindo que o mesmo exercesse sua fiscalização.
Mil dias fazendo lives transmitidas em redes sociais, contendo agressões a pessoas e instituições, ofensas a jornalistas mulheres e muitas mentiras espalhadas pelo presidente e sua equipe. Mil dias interferindo nas investigações e na direção da Polícia Federal, Coaf e demais órgãos investigativos para evitar a prisão de seus filhos.
Mil dias sem que houvesse uma única ação para redução do desemprego, para a volta da economia sustentável e o combate à inflação que volta a assombrar a sociedade brasileira depois de vinte anos sob controle.
Mil dias perdidos, inaugurando trechos de obras que não começou e fazendo campanha eleitoral desde a posse em carreatas, motociatas com apoiadores que não percebem que estão sendo enganados. O Brasil está isolado do mundo, do ponto de vista diplomático e comercial, por culpa da ideologia imposta por Bolsonaro e das mentiras que são espalhadas e que afetam outros países.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
Um comentário:
Muito boa definição desses 1000 dias de (des)governo.
Paulo Assis.
RJ.
Postar um comentário