O fantasma da inflação, que todos achavam estar sob controle, voltou na Gestão Bolsonaro com o Ministro da Economia Paulo Guedes. Em pleno mês de setembro a previsão é que a inflação em 2021 atinja dois dígitos. Os combustíveis, a energia elétrica e a carne estão entre os itens que mais têm pesado no bolso do brasileiro e na inflação oficial do país, que chegou a 9,68% no acumulado em 12 meses até agosto/2021.
A gasolina teve aumento de 51% ao longo do ano de 2021 e a probabilidade é que os valores dos combustíveis cresçam ainda mais até o mês de dezembro. A Petrobras não está nem um pouco preocupada, aliás, nem o governo federal parece estar.
O aumento exorbitante dos preços dos combustíveis (Gasolina, Diesel e Etanol) sacrifica a população duplamente, no abastecimento de seus veículos e no aumento das tarifas de transporte público, bem como na ação direta sobre o índice inflacionário.
A precificação da gasolina com base no valor do dólar e dos barris de petróleo faz com que o combustível não pare de ter reajustes. Essa metodologia começou no desgoverno de Michel Temer e está sendo mantida por Guedes e cia.
Se os preços desses itens tivessem permanecido estáveis em vez de dispararem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estaria abaixo de 5% e ainda dentro da meta fixada pelo governo para o ano. É o que mostra levantamento do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV).
Ou seja, o próprio governo está usando gasolina para apagar o incêndio que faz com que haja alta da inflação. Embora as justificativas sejam apresentadas, fica latente que o governo e a sua equipe econômica não querem resolver o problema, mesmo pagando um preço ainda maior que seria a derrota eleitoral em 2022. Falta capacidade, discernimento e um projeto para a economia, algo que Guedes não possui nem nunca vai ter para apresentar a sociedade brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário