Um médico
alemão do século 19 encontrou uma resposta para esse fenômeno e o traduziu em
uma equação.
O que acontece quando você entra em um
quarto escuro onde há uma vela acesa? Você logo nota a chama, certo? E se o local estiver completamente
iluminado? Provavelmente, você levará mais tempo para se dar conta de que a
vela está acesa.
O mesmo ocorre com peso. Uma pessoa
pode distinguir perfeitamente a diferença entre um peso de 100 gramas e outro
de 120 gramas, mas não é tão fácil diferenciar um de 200 gramas de outro de 220
gramas.
São os mesmos 20 gramas de diferença
no dois casos, mas nossa percepção é alterada - e a ciência explica isso, por
meio da Lei de Weber.
Ernst Heinrich Weber (1795-1878) foi
um renomado médico alemão que, no século 19, desenvolveu um importante trabalho
nos campos da fisiologia e da psicologia.
Ele foi o primeiro a se dar conta
desse fenômeno e a traduzi-lo em uma equação. A fórmula foi melhorada por um
psicólogo da mesma época, o também alemão Gustav Theodor Fechner (1801-1887).
A lei diz que, quando são comparados
dois estímulos pequenos, basta uma diferença mínima para distingui-los
perfeitamente. Agora, se sua dimensão é maior, os dois elementos devem ser
muito diferentes entre si para nos darmos conta.
Por isso, com os pesos, ainda que
sejam 20 gramas de diferença em ambos os casos, é mais fácil distinguir a
diferença de peso das peças menores. O mesmo se dá com a vela em um quarto
escuro.
Essa lei também se aplica à passagem
do tempo e explica por que isso parece se acelerar à medida que ficamos mais
velhos.
"Ainda que um ano tenha a mesma
duração, a relação entre a duração de um ano e o tempo total que você já viveu
fica cada vez menor", explica a matemática Hannah Fry em um vídeo do
Numberphile, um canal do YouTube especializado na ciência dos números.
Isso significa que não se trata de uma
evolução linear e cada ano que passa acrescenta perceptivelmente menos ao total
da nossa vida do que a passagem de um ano quando somos pequenos, e é por isso
que, quando ficamos mais velhos, temos a sensação de que o tempo passa mais
rápido.
Hanna Fry usa como exemplo as penas de
prisão. "Você sente menos um período de três meses atrás das grades do que
um de seis meses. Mas o mesmo não se aplica a uma pena de 20 anos e uma de 20
anos e três meses", explica.
A conclusão é que, ao aumentar a
quantidade e o tamanho, cada vez menos percebemos as diferenças de tempo ou
peso.
Autor
desconhecido
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