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14 de junho de 2018

Por que o tempo parece passar mais rápido a cada ano?

Um médico alemão do século 19 encontrou uma resposta para esse fenômeno e o traduziu em uma equação.
O que acontece quando você entra em um quarto escuro onde há uma vela acesa? Você logo nota a chama, certo? E se o local estiver completamente iluminado? Provavelmente, você levará mais tempo para se dar conta de que a vela está acesa.
O mesmo ocorre com peso. Uma pessoa pode distinguir perfeitamente a diferença entre um peso de 100 gramas e outro de 120 gramas, mas não é tão fácil diferenciar um de 200 gramas de outro de 220 gramas.
São os mesmos 20 gramas de diferença no dois casos, mas nossa percepção é alterada - e a ciência explica isso, por meio da Lei de Weber.
Ernst Heinrich Weber (1795-1878) foi um renomado médico alemão que, no século 19, desenvolveu um importante trabalho nos campos da fisiologia e da psicologia.
Ele foi o primeiro a se dar conta desse fenômeno e a traduzi-lo em uma equação. A fórmula foi melhorada por um psicólogo da mesma época, o também alemão Gustav Theodor Fechner (1801-1887).
A lei diz que, quando são comparados dois estímulos pequenos, basta uma diferença mínima para distingui-los perfeitamente. Agora, se sua dimensão é maior, os dois elementos devem ser muito diferentes entre si para nos darmos conta.
Por isso, com os pesos, ainda que sejam 20 gramas de diferença em ambos os casos, é mais fácil distinguir a diferença de peso das peças menores. O mesmo se dá com a vela em um quarto escuro.
Essa lei também se aplica à passagem do tempo e explica por que isso parece se acelerar à medida que ficamos mais velhos.
"Ainda que um ano tenha a mesma duração, a relação entre a duração de um ano e o tempo total que você já viveu fica cada vez menor", explica a matemática Hannah Fry em um vídeo do Numberphile, um canal do YouTube especializado na ciência dos números.
Isso significa que não se trata de uma evolução linear e cada ano que passa acrescenta perceptivelmente menos ao total da nossa vida do que a passagem de um ano quando somos pequenos, e é por isso que, quando ficamos mais velhos, temos a sensação de que o tempo passa mais rápido.
Hanna Fry usa como exemplo as penas de prisão. "Você sente menos um período de três meses atrás das grades do que um de seis meses. Mas o mesmo não se aplica a uma pena de 20 anos e uma de 20 anos e três meses", explica.
A conclusão é que, ao aumentar a quantidade e o tamanho, cada vez menos percebemos as diferenças de tempo ou peso.

Autor desconhecido

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