A utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos,
ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos,
ela se afasta dez passos. Por
mais que eu caminhe
jamais a alcançarei. A Utopia
serve para que
jamais deixe de caminhas em sua
direção.
Eduardo Galeano
Com relação a terrível situação de
insegurança vivida pelo povo do Rio de Janeiro, que, aliás, não é um dissabor
apenas do Estado do RJ, mas sim de vários Estados brasileiros atingidos por
esta situação de descalabro, penso que apenas a presença de um grupamento
militar não vai resolver o problema.
Para que isso começasse a surtir
efeito, seria preciso planejamento, recursos, coragem, inteligência e a união
de esforços dos 3 poderes constituídos no país. Pois, o tempo foi passando no
Brasil e a única coisa que evoluiu foram à corrupção, os desmandos no poder
público e as organizações criminosas.
Portanto, a solução está no começo de
um processo que deveria englobar vários aspectos que dificilmente veremos no
nosso país. Nossos políticos no Congresso e nas Assembleias Estaduais, bem como
nossos governantes e demais autoridades, não estão preocupadas em fazer o
certo, em resolver os problemas de forma definitiva.
Preferem ações de marketing, sem no
entanto, usar os recursos públicos de forma parcimoniosa, começando com um
planejamento integrado das mudanças a serem realizadas.
Ao contrário, colocam os militares do
exército nas ruas com seus blindados e esperam que todos os problemas de
segurança pública desapareçam como num passe de mágica.
Para começar listo algumas
providências que deveriam ser planejadas e executadas pelas autoridades
brasileiras, não necessariamente nesta ordem exposta:
A. Reestruturação
completa das forças policiais do Estado;
B. Pagamento dos
salários atrasados aos servidores públicos do RJ;
C. Demissão dos
policiais corruptos ou que cometeram crimes de quaisquer naturezas;
D. Troca de todo
o comando da Policia Civil e Militar do Estado;
E. Aquisição em
caráter emergencial de armas, viaturas, munições, coletes, e demais
equipamentos necessários para a atividade policial;
F. Construção e
ampliação do sistema prisional do RJ;
G. Envio de
lideres das organizações criminosas para presídios federais de segurança
máxima;
H. Bloqueio completo
da entrada de armas de quaisquer naturezas e drogas no Estado seja pelo mar,
terra ou ar;
I. Fazer uma
completa varredura nos presídios e eliminar qualquer contato destes meliantes
presos com suas gangues fora do presídio e do Estado;
J. Implantar um trabalho
de aproximação das forças policiais com as comunidades de toda cidade e aos
poucos fazê-lo no restante do Estado;
K. Implantar nas
comunidades, Postos de Saúde, Novas Escolas, principalmente unidades técnicas e
profissionalizantes;
L. Começar a
reprimir nas ruas os pequenos delitos com a máxima de que o pequeno marginal de
hoje será o traficante do amanhã. Evitando que o comando do tráfico possa se
alimentar do produto dos roubos e da mão de obra destes pequenos bandidos;
M. Investimento
redobrado em Educação;
N. Implantação de
Programas de Esporte, Cultura e Lazer nas comunidades localizadas nas favelas e
periferia, assim como, na Baixada Fluminense;
Claro
que as medidas isoladamente não vão resolver os problemas graves que colocaram
o RJ na UTI da violência. Porém, sem fazer nada ou apenas colocando tanques nas
ruas é que não serão resolvidos em tempo algum.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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