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12 de março de 2018

Sobre a segurança pública no RJ!

A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos,
ela se afasta dois passos. Caminho dez passos,
ela se afasta dez passos. Por mais que eu caminhe
jamais a alcançarei. A Utopia serve para que
jamais deixe de caminhas em sua direção.
Eduardo Galeano

Com relação a terrível situação de insegurança vivida pelo povo do Rio de Janeiro, que, aliás, não é um dissabor apenas do Estado do RJ, mas sim de vários Estados brasileiros atingidos por esta situação de descalabro, penso que apenas a presença de um grupamento militar não vai resolver o problema.
Para que isso começasse a surtir efeito, seria preciso planejamento, recursos, coragem, inteligência e a união de esforços dos 3 poderes constituídos no país. Pois, o tempo foi passando no Brasil e a única coisa que evoluiu foram à corrupção, os desmandos no poder público e as organizações criminosas.
Portanto, a solução está no começo de um processo que deveria englobar vários aspectos que dificilmente veremos no nosso país. Nossos políticos no Congresso e nas Assembleias Estaduais, bem como nossos governantes e demais autoridades, não estão preocupadas em fazer o certo, em resolver os problemas de forma definitiva.
Preferem ações de marketing, sem no entanto, usar os recursos públicos de forma parcimoniosa, começando com um planejamento integrado das mudanças a serem realizadas.
Ao contrário, colocam os militares do exército nas ruas com seus blindados e esperam que todos os problemas de segurança pública desapareçam como num passe de mágica. 
Para começar listo algumas providências que deveriam ser planejadas e executadas pelas autoridades brasileiras, não necessariamente nesta ordem exposta:
      A.  Reestruturação completa das forças policiais do Estado;
      B.  Pagamento dos salários atrasados aos servidores públicos do RJ; 
      C.  Demissão dos policiais corruptos ou que cometeram crimes de quaisquer naturezas;
      D.  Troca de todo o comando da Policia Civil e Militar do Estado;
      E.   Aquisição em caráter emergencial de armas, viaturas, munições, coletes, e demais equipamentos necessários para a atividade policial;
      F.   Construção e ampliação do sistema prisional do RJ;
      G.  Envio de lideres das organizações criminosas para presídios federais de segurança máxima;
      H.  Bloqueio completo da entrada de armas de quaisquer naturezas e drogas no Estado seja pelo mar, terra ou ar;
      I.    Fazer uma completa varredura nos presídios e eliminar qualquer contato destes meliantes presos com suas gangues fora do presídio e do Estado;
      J.   Implantar um trabalho de aproximação das forças policiais com as comunidades de toda cidade e aos poucos fazê-lo no restante do Estado;
      K.  Implantar nas comunidades, Postos de Saúde, Novas Escolas, principalmente unidades técnicas e profissionalizantes;
      L.   Começar a reprimir nas ruas os pequenos delitos com a máxima de que o pequeno marginal de hoje será o traficante do amanhã. Evitando que o comando do tráfico possa se alimentar do produto dos roubos e da mão de obra destes pequenos bandidos;
      M. Investimento redobrado em Educação;
      N.  Implantação de Programas de Esporte, Cultura e Lazer nas comunidades localizadas nas favelas e periferia, assim como, na Baixada Fluminense;
Claro que as medidas isoladamente não vão resolver os problemas graves que colocaram o RJ na UTI da violência. Porém, sem fazer nada ou apenas colocando tanques nas ruas é que não serão resolvidos em tempo algum.

Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

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