Tem políticos que aspiram tornar-se Mickey
Mouse...
Ser tão encantador que as pessoas
esqueçam que eles são ratos.
Autor
desconhecido
Outros povos
espalhados pelos quatro cantos do planeta convivem com as mais variadas
situações de dificuldades com relação ao clima, geografia, guerras religiosas, intempéries
de todas as espécies. Mas apenas o povo brasileiro tem algo muito pior – O
político brasileiro.
Um ser
mesquinho, insignificante, muitas vezes desprezível que habita o cenário da
nossa frágil democracia desde sua mais remota lembrança. Antes da instauração
da República já temos noticias das tramoias, das fraudes e da imensa vontade
dos políticos em levar vantagem acima de tudo e de todos.
Todos os
movimentos desde a Independência do Brasil, Proclamação da República, Revolução
de 32, Ditadura de Getúlio Vargas e seu posterior suicídio, renúncia jamais
explicada de Janio Quadros, Golpe Militar de 1964, tiveram como pano de fundo
as agendas ocultas que jamais visavam o bem comum, o bem da pátria, mas sim
interesses políticos escusos.
E, sempre em
todos estes episódios históricos da incipiente democracia brasileira, os
personagens principais são os políticos e não o povo brasileiro, que ao
contrário, é sempre ator coadjuvante.
O povo
participa quando muito das eleições, vota mal, vota errado, brinca com seu
voto, elege palhaços puxadores de voto sem saber o porquê. Não cobram nem
fiscalizam seus candidatos sejam eles eleitos ou não, na maioria das vezes se
omite, vota em branco, anula ou simplesmente vai à praia no dia das eleições. A
isso chamamos de democracia dos ausentes.
Enquanto isso
os políticos em época de eleições mais parecem o mosquito da Dengue (Aedes
Aegypti), não param e se procriam normalmente no esgoto da vida pública
nacional, buscando recursos de empresários do mesmo nível deles, acertando
futuras contribuições em forma de novas leis, projetos e adendos em peças
orçamentárias (Medidas Provisórias) para os favorecerem e “pagar” o que eles
investiram nas suas campanhas.
No Congresso
Nacional, nas Assembleias Legislativas Estaduais e nas Câmaras Municipais, o
expediente é praticamente o mesmo, onde o estrume pode ser diferente, mas as moscas
são sempre as mesmas. Eles representam
banqueiros, empreiteiros, segmentos diversos da sociedade, exceto o povo
brasileiro.
Não fazem nada
pelo país, apenas sugam todos os recursos que estão a sua disposição e ainda
por cima, muitos se corrompem, aceitam propinas, votam em troca de cargos e
benesses para seus familiares, amigos e correligionários.
Não assistimos
em nenhum município do Brasil, vereadores trabalhando pelo “Bem Comum”, lutando
e ajudando o cidadão comum a fiscalizar os atos do Prefeito e legislando pela
melhoria da vida do munícipe. Ao contrário, eles formam dois grupos – Base
Governistas e Oposição. A primeira nunca se volta contra o partido no poder. A
segunda nada faz por que é minoria.
O país vive um
caos sem precedentes, uma crise financeira que avança e mancha a economia do
país no exterior. Com o desemprego crescente a inflação em alta combinada com
uma recessão enfurecida, a indústria
demite, o comércio fica estagnado e o povo retira seus parcos recursos da
poupança para saldar dividas.
Neste cenário,
a presidente da República perdida na sua incompetência assiste a sua derrocada junto
com seu partido levando junto à esperança do povo.
Os presidentes
do Senado e da Câmara resistem nos seus cargos graças ao casuísmo das leis
brasileiras que foram feitas para beneficiar e ajudar os políticos. Ambos
possuem vários processos por recebimento de propinas, formação de quadrilha,
sonegação fiscal, porém, continuam mandando no Congresso Nacional impunemente.
Nesta
conjuntura desastrosa, é impossível acreditar neste país e nos seus homens
públicos. A oposição prega o quanto pior melhor, usa de movimentos que elas
taxariam de golpista, fossem impetradas contra gestões de seus partidos.
Mas,
cinicamente e complacentemente apoiam o caos, esquecendo que um dia vão ser
“Poder” novamente, e com certeza jogarão nas costas do povo as medidas para
corrigir o que deveriam ter ajudado a evitar hoje.
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