Antes de falar, escute. Antes de escrever, pense.
Antes de gastar, ganhe. Antes de julgar, espere.
Antes de rezar, perdoe. Antes de desistir, tente.
Autor desconhecido
Constantemente
ouvimos criticas a omissão e quase alienação da juventude em relação as coisas
do nosso país. Não é difícil entender as razões deste distanciamento. O
filósofo grego Aristóteles (384 a.C - 322 a.C) disse que o jovem em geral, não
é bom ouvinte acerca
dos assuntos relacionados à política, pois ela trata dos temas práticos da
vida, acerca dos quais a juventude, em princípio, não tem muita experiência e
nem conhecimento teórico, o que impede o surgimento espontâneo de interesse,
já que ninguém tem apreço por assuntos que lhe são distantes e obscuros.
A ausência sistemática de um tema ao
longo da juventude, quando está em formação a personalidade, os hábitos e
interesses que moldam o indivíduo tende a perpetuar-se pela vida,
transmutando-se em um traço cultural enraizado no caráter da pessoa e de
difícil modificação.
O próprio Aristóteles arremata dizendo
que “não faz diferença que se seja jovem em anos ou no caráter; o defeito não
depende da idade, mas do modo de viver (...)”. Quem vive totalmente apartado de
um tema ao longo da juventude, tem grande dificuldade para romper o
distanciamento ao longo da maturidade.
Pois, em pleno século XXI em São Paulo
alguns jovens estudantes do ensino público estadual contrariaram a tese de
Aristóteles. Descontentes com a imposição autoritária do governador do Estado
acerca de uma chamada “Reorganização da Educação”, que na verdade tinha a
intenção de fechar algumas unidades e separar alunos por ciclos, trazendo aos
alunos, pais e professores enormes prejuízos. Eles reagiram a altura contra à
medida que já estava em andamento pela Secretaria da Educação.
O experimentado Geraldo Alckmin (PSDB), em seu quarto
mandato à frente do Estado de São Paulo, parece ter aprendido só nesta
sexta-feira (4) algo básico a respeito de governos democráticos: nem sempre a
população aceitará políticas públicas impostas de cima para baixo, sem o devido
debate e um mínimo de transparência.
Os alunos tomaram posse daquilo que na verdade pertence a
eles – As Escolas. Fizeram uma pauta mínima de exigências para que se atendidas
pudessem colocar fim as ocupações em quase 150 escolas paulistas.
Os próprios alunos rechaçaram a presença de partidos
políticos, sindicatos e demais organismos ligados a política rasteira e
corrupta do país. Assim, com o apoio de seus pais, dos professores e de uma boa
parcela da sociedade exerceram o sagrado direito da participação política.
Lograram uma significativa vitória quando conseguiram que mais
de dois meses após anunciar sua intenção de reorganizar a rede de ensino
paulista, Alckmin via-se obrigado a suspender o plano. Tomou a decisão
pressionado pelo desmoronamento de seus índices de popularidade e pelos
rumorosos protestos estudantis.
Às vésperas de se reeleger, no ano passado, o governador
ostentava aprovação de 48%, segundo o Datafolha; na pesquisa ora divulgada, a
taxa caiu para 28%. Além disso, as manifestações contra a proposta do governo
vinham se espraiando, com bloqueios de vias e, sobretudo invasão de escolas.
A iniciativa dos jovens paulistas deve ser estendida a todos
em nosso país, a constituição federal nos garante direitos que muitas vezes são
esquecidos. É preciso tomar dos políticos as rédeas deste jogo perverso em que
somente eles ganham, lucram e levam a sociedade ao prejuízo constante. Parabéns
Alunos do Ensino Fundamental e Médio de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário