“Quando o dinheiro fala, a verdade cala"
Provérbio
Chinês
Se existe
algo que definitivamente não funciona no Brasil, é a fiscalização do poder
público sobre as coisas que são regulamentadas por leis, códigos e regras
criadas pelo poder legislativo e muitas vezes pelo próprio Executivo nas três
estâncias de poder (Municipal, Estadual e Federal).
A
única forma de fiscalização que os governantes adotam e gostam muito são
aquelas que utilizam radares para auferir a velocidade dos veículos nas ruas e
estradas, preferencialmente as que são fixas e não precisam de servidores ou
terceirizados.
Nos
municípios é comum a ausência da vigilância sanitária na fiscalização da
comercialização de alimentos. Tudo é falho, não por falta de servidores, muito
pelo contrário, falta capacidade, planejamento e vontade de fazer o que é
certo.
Temos
visto campanhas insistentes para que o brasileiro se alimente de forma adequada
consumindo alimentos saudáveis, porém, raramente os mesmos veículos da mídia
falam sobre um assunto importantíssimo que é a qualidade destes mesmos
alimentos.
Em
2014, 31% dos alimentos que compunham a cesta básica no Estado de SP tinham
incidência de agrotóxicos proibidos ou em quantidade acima da permitida para
aqueles produtos.
Se
em SP isso acontecia imaginem nos Estados mais pobres e mais distantes? O
resultado revelou falhas na fiscalização do controle de qualidade dos alimentos
comercializados em todo território nacional.
Um
retrato desta situação está na CEAGESP - Cia. De Entrepostos e Armazéns Gerais
em SP. Esse que é o maior armazém comercial da América Latina, por onde passam
30% de toda produção nacional de alimentos.
Não
há controle, não há cuidado, não há fiscalização e os alimentos vão para as
mesas dos restaurantes e dos nossos lares carregadas de produtos químicos que
destroem aos poucos a saúde do povo brasileiro.
Segundo
dados estatísticos o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do planeta.
Muitos destes produtos são altamente cancerígenos, parte deles banidos nos
países de primeiro mundo, onde existe por parte das autoridades preocupação com
a saúde do povo.
Os
riscos de saúde vão desde a intoxicação da pele, olhos, dificuldades
respiratórias, malformações congênitas, alterações no sistema hormonal até o
câncer.
É
um risco absurdo e mesmo tendo gastos astronômicos com o SUS, o governo nada
faz para prevenir e evitar que estas doenças se somem as muitas outras que se
acumulam e consomem bilhões da saúde pública no país.
Quem
deveria fiscalizar e não o faz adequadamente:
ANVISA
– Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Responsável por analisar se a quantidade de
agrotóxicos presentes nos alimentos é tóxica para o organismo humano. Só
pelo fato de ser uma agência, já demonstra que não vai atuar jamais com
qualidade e eficiência no país, vide outras agências que existem e nada fazem
no Brasil como ANAC, ANEEL, ANA, etc.
MAPA
– Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: São
responsáveis por fiscalizar os estabelecimentos comerciais que produzem,
importam e exportam agrotóxicos no país. Desnecessário perdemos
tempo em analisar a incompetência de ministérios no país. Possuem cabides
enormes de emprego e não conseguem executar nada que seja a favor do povo.
IBAMA
– Ministério do Meio Ambiente: Deveria garantir que os agrotóxicos não estão
destruindo o ambiente como rios e matas nativas: Pobre meio
ambiente, quando se pensa que o IBAMA é o seu protetor. Não há como não chorar
ao pensar que no país do desmatamento e da transformação de florestas em
pastos, temos um órgão como este para protegê-los.
Resta
ao povo brasileiro apenas duas coisas que todos deveriam fazer diariamente: Rezar
muito e lavar a exaustão os alimentos que serão consumidos em nossas casas,
colocando vinagre ou produtos específicos para matar alguns micro-organismos.
Ou
ainda esperar que os governantes consigam um radar para medir a velocidade com
que a indústria dos agrotóxicos está nos envenenando e nos matando lentamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário