O erro acontece de vários modos, enquanto
ser correto é possível apenas de um modo.
Em 2009 o então
ministro da Justiça Sr. Tarso Genro concede a pedido do presidente da república
Luis Inácio Lula da Silva o status de refugiado político ao assassino italiano
Cesare Battisti, preso no Rio de Janeiro em março de 2007. Condenado na Itália
em 1993 à prisão perpétua por quatro homicídios praticados entre 1978 e 1979
contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofacista e um
joalheiro em Milão.
O governo
italiano e a justiça daquele país ficaram inconformados, reagiram
diplomaticamente, entraram com recurso, porém o STF negou provimento ao pedido
italiano. Por 5x4 o STF manteve no país mais um assassino, este internacional.
Alguns anos
depois vem o troco italiano contra a diplomacia e a justiça brasileira. A
justiça italiana acaba de decidir que o fugitivo Henrique Pizzolato, condenado
no Brasil pelo mesmo STF por envolvimento no mensalão não seria extraditado ao
nosso país como nossa justiça gostaria.
Tanto a justiça
brasileira quanto a italiana erraram, seus governantes idem nesses dois
processos que mancham a diplomacia, a justiça e a conduta de dois governantes.
O Brasil ficou com um assassino perigoso em nossas ruas e perdeu um criminoso
do colarinho branco.
Ambos deveriam
estar cumprindo suas penas respectivamente em celas de seus países de origem
sem a interferência de seus presidentes, diplomacia ou sistemas judiciários.
Mas os dois
países resolveram se igualar e voltaram aos tempos da idade média. Deixando no
ar que o Brasil poderá ser paraíso de criminosos estrangeiros de alta
periculosidade e ver seus bandidos do colarinho branco saírem impunemente pelas
nossas fronteiras em direção ao dito primeiro mundo.
Lamentável ainda
que, o Ministro do STF Marco Aurélio Mello afirme que Pizzolato exerceu um
“direito” de não se submeter “as condições animalescas” das penitenciárias do
Brasil. Se as condições são essas porque não melhorá-las? Porque os demais
presos condenados no país podem cumprir pena nesses lugares animalescos e o Dr.
Henrique Pizzolato não pode? Porque a diferença de entendimento e julgamento?
Fica no ar a
dúvida se o governo brasileiro queria mesmo a extradição do mensaleiro ou se
apenas fez um pedido protocolar sem a ênfase e o devido esforço que a
extradição do meliante requereria.
O Brasil errou
feio com Lula, a Itália deu troco e se rebaixou ainda mais na sua recente
decisão. Fica no ar a imagem de que os dois países e seus respectivos
governantes e representantes dos judiciários chafurdaram na lama podre da
terceira camada do volume morto da dignidade e do bom senso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário