Mais do que máquinas precisamos de humanidade.
Mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes a vida será de
Sem essas virtudes a vida será de
violência e tudo estará perdido.
Charles Chaplin
Vou começar
esse texto reproduzindo um dos posts mais agressivos, preconceituosos e nocivos
que já li nos últimos tempos de minha curta vida. Quem lê a primeira vista
poderia pensar que se trata de um texto antigo de Adolph Hitler, mas não o é,
foi escrito por Regina Zouki Pimenta em sua página do Facebook após a
divulgação do resultado da eleição que culminou com a eleição de Dilma Rousseff
para a presidência do nosso país.
“Hoje,
qualquer suposto preconceito contra cariocas, nordestinos e baianos deixou de
existir, porque virou Pós Conceito! Bando de filhos da puta que destruíram
nosso país e a economia por migalhas! Desejo do fundo do coração que sejam
tomados pela desnutrição, que seus bebês nasçam acéfalos, que suas crianças
tenham doenças que os médicos cubanos não consigam tratar, que o Ebola chegue
ao Brasil pelo Nordeste e que mate a todos! Só outra arca de Noé para dar jeito!
A autora
acima citada retirou sua página do ar da rede social Facebook, talvez movida
pelo medo das retaliações que poderia sofrer. Difícil discorrer sobre tamanha
quantidade de palavras rancorosas, inúteis e agressivas. Difícil entender um
ser humano que vive num país belo, onde a natureza dos povos citados é de uma
beleza ímpar, frequentada habitualmente por gente e coisas como essa tal de
Regina Zouki nas férias e nos animados carnavais.
Esse ódio,
essa ignorância de quem não teve pai e mãe ou ao menos um berço na tenra idade
e por isso enveredou pelos caminhos da rejeição à Deus e ao amor pode ter
algumas explicações.
Uma delas
talvez seja o fato de que a campanha eleitoral para a escolha do novo
presidente se transformou num jogo de Mortal Kombat, onde cada candidato queria
matar seu concorrente, não com ideias, não com projetos, mas sim com fortes
acusações, muitas vezes maldosas e desnecessárias.
O reflexo
se viu nas ruas, onde militantes dos dois principais partidos políticos se
agrediram como se estivessem travestidos de bandidos (torcedores) organizados
de clubes de futebol. Uma baixaria aprovada pelos candidatos que em momento
algum fizeram uma reflexão sobre o que acontecia nas ruas e nas redes sociais.
Confundiram
ou não sabem o que são eleições livres num regime democrático. Perderam a noção
de civilidade com posts racistas e preconceituosos contra quem ousasse dizer que
votaria no outro candidato que não aquele que ele (a) julgassem ideais.
Quando uma
pessoa roga praga aos seus irmãos, sejam eles, cariocas, mineiros, nordestinos,
não importa, é hora de pararmos e começarmos tudo de novo neste país. Tudo pode
ser aceitável, menos essa intolerância, esse desamor, essa ignorância estúpida
e completamente sem vínculo com quaisquer resíduos de inteligência humana.
A autora
dessas ignomínias proferidas na noite de domingo 26/10/14, e todos aqueles que
eventualmente compactuaram com suas excrescências em forma de palavras abjetas
deveriam voltar seus pensamentos e sua vida à Deus... Enquanto ainda há tempo!
Não
perdemos uma eleição, quem as perde são os candidatos e seus partidos, nós
brasileiros ganhamos sempre que elas acontecem, porque somos um povo livre para
votar, para escolher e para rejeitar racismo, preconceitos e todo tipo de
crimes contra meio ambiente, animais e seres humanos.
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