“A coragem é a primeira das qualidades
humanas porque garante todas às outras”.
Correu as
páginas das redes sociais e da mídia mundial o ato de coragem de uma servidora
pública do RJ e a estranha decisão da justiça
com relação ao processo movido contra agente por alguém que se acha Deus, ou tem certeza.
Segundo a decisão do 18º JEC – Juizado Especial Criminal do RJ a agente foi
condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil reais por suposto abuso de poder
ao juiz.
Tudo começou
quando a agente estava trabalhando numa blitz da Operação Lei Seca quando
abordou o veículo do juiz que se negou a fazer o exame do bafômetro, estava sem
a sua CNH, com seu veículo sem placas e sem a documentação do mesmo. O veículo
foi guinchado ao pátio da Polícia de Trânsito.
Enquanto isso o
magistrado que estava completamente errado e deveria dar o exemplo na situação,
preferiu acusar a agente de “abuso de poder” e zombaria. Tudo isso porque num
determinado momento ela disse ao magistrado: “O Senhor é juiz, não Deus” então
não pode tudo.
Esses casos
ainda ocorrem com uma certa frequência em blitz pelo país adentro, onde políticos,
empresários e até membros do poder judiciário tentam a famosa “carteirada” ou
ainda usam a velha frase “Você sabe com quem está falando”?
Com certeza a
agente sabia com quem estava falando – Um sujeito normal, sem razão alguma, que
precisa saber mais do que ninguém que não se pode dirigir após ingerir bebidas
alcoólicas e sem a sua carteira nacional de habilitação e a documentação do
veículo.
A única saída
para o infrator de toga seria tentar pressionar e se não conseguisse êxito
tentar lavar a alma ferida na própria casa (Judiciário) onde teria vantagem no
jogo, visto que, aquele que fosse julgar o caso estaria de cara intimidado com
uma das partes do processo.
O 18.º JEC da
cidade do Rio de Janeiro perdeu uma raríssima oportunidade de colocar este cidadão
infrator, arrogante e que se acha dono do poder no seu pequeno ou mesmo
minúsculo lugar. Pena, pois a agente ganhou notoriedade e respeito pela sua
conduta e ética, não aceitando a insubordinação e a prerrogativa do cargo para
julgar o fato na hora em que executava um trabalho de suma importância nas
nossas ruas repletas de bêbados infelizes que matam inocentes aos milhares
anualmente.
Nas redes
sociais uma corrente de brasileiros solidários arrecadou mais de R$ 12 mil
reais para a servidora cumpridora dos seus deveres poder pagar à custa do
processo movido pelo “Zé da Carteira”.
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