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16 de junho de 2018

Brasil de Temer - Mentiras em publicidades pagas com nossos recursos!

Há muita gente infeliz por não
saber tolerar com resignação
a sua própria insignificância.
Marquês de Maricá

Ao longo dos tempos no Brasil, governantes cortam verbas e recursos importantes para a sociedade, sem consulta, para reduzir gastos federais que eles próprio fizeram para manter a inchada máquina do governo federal. A única exceção fica por conta dos gastos nababescos com publicidade. Estes por sua vez, tem um duplo viés; Alimentar mentiras das gestões fracas e também sustentar o setor publicitário da mídia nacional. Revistas, jornais, rádio e televisão precisam e muito destas verbas vultosas para seus caixas.
Nos últimos 30 anos esta pratica legal, porém, imoral tem crescido com gastos cada vez maiores e desproporcionais para com a finalidade a qual deveriam ser utilizadas estas verbas, que seria levar informações a sociedade sobre campanhas de vacinação e de ordem social. Nesta sexta-feira dia 15 de junho, aproveitando a distração para com a Copa do Mundo e o enorme desinteresse da sociedade pela leitura e informação, o governo Temer publicou um caderno colorido de oito páginas divulgado como encarte nos jornais brasileiros de grande circulação.
Além da questão dos gastos em tempos de necessidades de redução dos mesmos para a saúde da nossa economia, ainda temos as mentiras deslavadas escritas no encarte. São tantas mentiras que chego a pensar que não moro no mesmo país de Temer ou que ele utilizou outro país para poder divulgar estas supostas realizações. Principalmente quando sabemos que a grande reforma feita em seu governo foi proporcionada pela sua filha em sua residência, com dinheiro de procedência a ser investigada.
O encarte começa com uma meia verdade. A redução da inflação na economia nacional. Os índices mostram essa redução de 9,39% em Março/2016 para 2,68 em Março/2018. O que não se explica é como isso é possível com tantos aumentos de combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica, que por coincidência são os propulsores da inflação na indústria e no setor de transportes no país. A queda sistemática dos juros é uma realidade neste governo. Os juros que se mantinham em patamares estratosféricos nos governos anteriores, realmente caíram de 14,5% ao mês para aceitáveis 6,5% ao mês. Entretanto, seria monumental se os juros bancários e dos cartões de créditos tivessem redução proporcional, o que não aconteceu.
O saldo da balança comercial positivo em 2015, 2016 e 2017 é outro ponto explorado pelo governo Temer. Uma verdade que esconde o verdadeiro motivo para tal resultado. Com a economia em queda e a sociedade sem dinheiro, alta no desemprego, é normal a redução das importações, inclusive do setor industrial. Logo, nossas exportações que não são consistentes, acabam influenciando o saldo positivo da balança comercial.
Fila para inscrição no Programa Social Bolsa Família de supostas 1.200.000 pessoas para zero em 2017. Acabou a pobreza? O benefício foi expandido? Enfim, como analisar esta informação que é recheada de ausência de transparência?
Agora, as perolas mais mentirosas ficam por conta da divulgação da redução do desmatamento da Amazônia em -16,7% em 2017. Tem de ser muito cara de pau ou desesperado para divulgar tamanha sandice. É notório e mundialmente conhecido os dados que demonstram o aumento constante do desmatamento e a inércia e inoperância do governo brasileiro que é “Amigo dos desmatadores e latifundiários”.
Outra mentira infeliz é a informação de que houve uma aumento substancial de entrega de títulos da reforma agrária no governo Temer. Cita o documento que de 2013 a 2016 foram entregues em média 2.600 títulos anualmente. E que no ano de 2017 foram entregues 26.523 títulos. Em um ano sem fazer nada Temer entregou tantos títulos quanto na gestão de Lula e Dilma entre 2003 e 2016.
As mentiras não param e o encarte diz que houve recorde de vagas no ProUni, recuperação das estatais (sic...), 20% a mais de merenda escolar, Recorde de Atendimento da Saúde.
O Temer é tão cara de pau que incluiu na sua divulgação a redução dos processo trabalhistas como se isso fosse um enorme avanço e não estivesse ocorrendo apenas por conta da proposital paralisação dos causídicos para poder se adaptar a nova Lei Trabalhista.
Quem faz não precisa de publicidade, quem realmente trabalha com honestidade não precisa dizer através de encartes volumosos de custo obsceno que está cumprindo sua obrigação. Se tudo isso fosse verdade esse elemento não estaria com 82% de reprovação e sendo investigado pelo Decreto dos Portos de Santos e por recebimento de propinas e outras vantagens no decorrer de seu curto mandato.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

Um comentário:

Angélica Teresa Almstadter disse...

Vim conforme prometi, e gostei muito de te ler! Precisamos escrever sem parar as coisas mentirosas, nossas revoltas para ver se alguém lê! Pq esse povo não lê, não se informa; tanto que as pesquisas mostram que continuam votando nos mesmos bandidos, inclusive o nove dedos!abço!