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6 de novembro de 2024

A idiotice é o único mal que se alimenta de si mesmo!

 

Políticos mal intencionados, verdadeiros abutres, têm conseguido êxito em diversos locais do planeta. Em sua maior parte, são do espectro de direita ou extrema-direita e usam normalmente alguns expedientes para se firmarem ou vencerem eleições.

Maus políticos sempre existiram em toda parte do planeta, mas impossível de entender é o fato de milhões de eleitores os seguirem, votarem e apoiarem, mesmo após gestões desastrosas.

Eles espalham mentiras e esse contingente de alienados que não procuram informações em sites, jornais e televisões, acreditam piamente e saem pelo mundo afora espalhando essas mentiras contra adversários, países e políticos.

Nos EUA, recentemente uma eleitora de Trump afirmou que a tempestade denominada de Milton que varreu a Flórida havia sido plantada pelo governo Biden. O interlocutor ficou absolutamente incrédulo diante de tamanha idiotice proferida por alguém que supostamente frequentou escolas.

Não precisamos viajar tanto e atravessar o oceano atlântico para ver e ouvir sandices muito parecidas com essas aqui no Brasil. O bolsonarismo através de seus zumbis walking dead tem muitas pérolas que dariam um livro de terror caso fossem copiladas.

A coleção de mentiras usadas à exaustão para fazer lavagem cerebral nos tolos é enorme: “O comunismo vai voltar”, “Lula vai fechar as Igrejas evangélicas”, “Lula morreu e esse que aí está é sósia”, “Os professores estão doutrinando alunos”. A lista é longa, tanto quanto inútil e sem noção.

Afinal o bolsonarismo formou patriotários através de muitas teorias da conspiração e usou como estratégia de formação de grupo ataques constantes a sistemas de verificação e de construção de conhecimento entre pares; logo, jornalistas e docentes foram usados como alvos para mobilizar por meio do medo e do ódio.

Teorias da conspiração foram tomando o lugar do pensamento crítico no entendimento da realidade. Onde diminuiu a legitimidade da educação sobre bases científicas confiáveis, proliferou o conspiracionismo base da visão de mundo bolsonarista.

O espantalho da “doutrinação” foi uma das teorias da conspiração de maior eficácia: ela colocou as crianças, símbolos da inocência, como atacadas justamente pelos/as profissionais com os/as quais elas passam um período fundamental da sua formação. Esse medo de “professores doutrinadores” que estariam “corrompendo” a infância foi cultivado por uma longa campanha onde, pouco a pouco, desde 2004, tudo que não fosse conveniente pôde ser considerado “doutrinação”, conforme a categoria docente perdia legitimidade no sistema educacional do país.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Fonte: A violência contra professores de Fernando Penna e Renata Aquino.

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