Todo governo é merecedor de críticas e elogios, toda gestão acerta e erra em proporção diferente, normalmente acertando mais do que errando. Todo governante erra tentando acertar, buscando fazer aquilo que colocou em seu programa de governo, apresentado na sua campanha eleitoral.
Em meu livro “De Sarney a Temer – nossa incipiente democracia” lançado em 2018, faço uma análise sobre estes governos que vieram após o término da ditadura militar. Foram eles, Sarney, Collor, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma e Temer. O livro revê os episódios marcantes dos últimos 33 anos da política brasileira como a luta pela redemocratização, o impeachment de Collor, a era FHC, a chegada do PT de Lula e Dilma ao poder e a posse de Temer com o impeachment de Dilma.
Em todos estes governos, tivemos problemas, erros, porém, também registramos avanços em algumas áreas, em especial nas políticas públicas e no respeito a diversidade e a igualdade entre seres humanos. Todos, cada um ao seu modo, prezaram pela liberdade, respeitaram a constituição e o povo brasileiro.
Tivemos dois processos de impeachment, que embora tenham seguido o rito processual com base na Constituição Federal e com o aval do STF, foram discutíveis. O primeiro com Collor, porque não se atentaram aos escândalos que envolviam P.C. Farias, o grande mentor dos esquemas de fraudes, desvios e propinas naquele governo. O segundo porque foi um golpe contra a Dilma, a democracia e o Brasil.
Agora, impossível é analisar o governo Bolsonaro que, após dois anos e dez meses, não tem nada de positivo para ser lembrado. Um governo fraco, omisso e despreocupado com o povo brasileiro. Responsável por trazer de volta o sofrimento e a agonia do processo inflacionário, não combater o desemprego, permitir que milhões passem fome e percam completamente a esperança em dias melhores.
O retrato são pessoas revirando lixo, esperando pedaços de ossos na porta de açougues e sem ter alimentos nem gás de cozinha para usar quando conseguem doações, porque o preço do botijão nunca esteve tão alto no país.
Um presidente que não tem vergonha na cara ao mentir para os brasileiros, para a imprensa internacional e até em discursos na ONU, onde utiliza de falsas informações e de mentiras comprovadas como se estas fossem verdades absolutas.
Um presidente que não trabalha e nem demonstra querer trabalhar em prol do governo, do país e da sociedade que paga seu salário e seus gastos obscenos com churrascos, motociatas, passeios e viagens. Uma gestão perdida, onde o único esforço do presidente é mentir e fazer campanha para tentar se reeleger.
Nunca em tempo algum desde a proclamação da república, o Brasil teve um presidente tão incapaz, omisso e sem vontade de trabalhar. Porém, ele nunca enganou ninguém, nunca foi diferente em seu período no exército de onde foi expulso e na Câmara Federal onde ficou dormindo em plenário por 28 anos sem ter feito nada de positivo que pudesse ser realçado.
Seus
eleitores se dividiram entre os que se arrependeram de ter votado num incapaz
que está prejudicando o país e aqueles que com vergonha ou por ignorância insistem
em apoiar o pior presidente da história do país.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão
Pública.
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