Para agradar e enganar seus seguidores xiitas, Bolsonaro vive repetindo frequentemente que seu governo não tem corrupção e que ele é honesto. Ser honesto e não ser corrupto não são virtudes num homem público, mas sim, obrigação.
Para começar, quem é verdadeiramente honesto não anda com gente corrupta, desonesta e com processos nas costas justamente por atos de corrupção. Alguém precisaria lembrar Jair que Bob Jefferson, Collor, Arthur Lira e muitos integrantes do Centrão que fazem parte de seu governo são na verdade investigados justamente por corrupção.
Um governo que diz não ter corrupção e que não tolera corrupção, não poderia manter em seus quadros pessoas como Onyx Lorenzone que é investigado por prática de Caixa 2 com recursos de campanha. Seus ex-ministros do Turismo e Meio Ambiente estavam sendo investigados desde a posse e o presidente nunca os tirou.
Se conhecesse a palavra honestidade talvez o presidente não teria desmontado o Conselho de Atividades Financeira (COAF) nem interferido na Direção da Polícia Federal para evitar o avanço das investigações sobre seu filho o Senador Flávio Rachadinha Bolsonaro.
Não teria jamais em tempo algum permitido a contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete de deputado federal como o fez com a Wal do Açaí, esposa de um amigo seu de Angra dos Reis.
Se seu governo fosse assim tão honesto e sem corrupção, como explicar o fato de que Jair não permite que a Lei da Transparência seja aplicada aos gastos do cartão corporativo que usa e das verbas de seu gabinete presidencial?
Quanto gasta mensalmente e com o que estão sendo gastos essas verbas públicas que deveriam ser do conhecimento do povo? Por que está escondendo isso se nem Dilma ou Michel Temer o fizeram?
Governo sem corrupção indica para liderança do senado federal alguém que é preso com dinheiro na cueca? Ou esqueceu que o Senador Chico Rodrigues era indicado pessoal seu no senado? Assim como é seu líder na Câmara o deputado Ricardo Barros acusado na CPI da Covis como um dos envolvidos no escândalo da Vacina Covaxin.
Um político honesto não permite a degradação do meio ambiente para que aconteça o favorecimento aos madeireiros e garimpeiros ilegais. Estaria combatendo com rigor os especuladores imobiliários e os fazendeiros que fazem arder as matas do Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica.
Um político decente, honesto e capaz defenderia todo o povo brasileiro, inclusive as mulheres, os negros, os índios, e aqueles que pertençam ao movimento LGBTQIA+ que reúne pessoas com diversas orientações sexuais (ou seja, por quem cada pessoa se sente sexual e afetivamente atraída) e identidades de gênero (como a pessoa se identifica).
Um político honesto dentro de um governo com diretrizes que obedeçam aos padrões normais de honestidade jamais deixaria de adquirir vacinas para tentar conter a morte de meio milhão de brasileiros. Um governo sem corrupção não precisa dizer no palanque, ele será reconhecido por seus atos.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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