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13 de julho de 2021

A idiotia contagiosa!

 Já tivemos no Brasil por diversas vezes políticos que conseguiram arrastar multidões por onde passavam ou em seus palanques e comícios. Foi assim com Jânio Quadros, Ademar de Barros, Paulo Maluf, Lula e outros.

Seus simpatizantes os defendiam com unhas e dentes, em discussões acaloradas em bares, reuniões familiares, nas escolas e universidades. Tudo dentro de uma normalidade aceitável e sadia.

Entretanto, a partir de 2018, começa a acontecer o bolsonarismo, onde adeptos, seguidores xiitas de Jair Bolsonaro extrapolam esse limite da simpatia entrando no perigoso estágio do “possuir candidato de estimação”

E o pior de tudo não é a idolatria, a cegueira coletiva em torno do candidato, mas o fato de que essas pessoas começaram a seguir tudo que o candidato diz nas lives, no portão do palácio do planalto ou em raivosas entrevistas a jornalistas que cobrem o cotidiano do presidente.

O caso começou a se agravar com a chegada da pandemia do Coronavírus, com os adeptos seguindo à risca os preceitos do presidente. Vejamos alguns casos:

a)   “Isso não é nada, apenas uma gripezinha”;

b)   “Estão superestimando as mortes e incluindo óbitos comuns na conta da Covid”;

c)   “As vacinas não foram testadas e aprovadas pela Anvisa”;

d)   “Eu não vou tomar vacina. Não confio”.

e)   “O tratamento precoce com a Cloroquina e a Ivermectina resolve”;

f)    “É preciso entrar nos hospitais e verificar se estão mesmo lotados”;

Essas são apenas algumas falas do presidente que passaram a ser incorporadas pelos seus seguidores. O resultado foram milhares de pessoas acreditando em tratamento precoce, que inexiste para caso como a Covid. Milhares de pessoas deixando de se vacinar por medo de haver “chip” na vacina chinesa ou por não confiar nos laboratórios.

Com mais de meio milhão de mortes, era de se esperar num país com uma sociedade normal, que as pessoas corressem aos postos para se vacinarem, mas no país dos bolsonaristas isso não necessariamente acontece.

Surgem no meio do processo os sommeliers de vacinas, que querem escolher qual vacina irão tomar, se recusando a tomar outra que não seja aquela que escolheu previamente.

             Não adiante discutir com um destes, pois na falta de argumentação, agridem verbalmente o interlocutor, chamam-no de comunista, petista ou esquerdopatas. Não aceitam nenhuma crítica ao presidente e sua gestão medíocre, abaixo de qualquer expectativa. E desfilam em motocicletas sua idiotia sem cura, sem volta, sem que haja uma vacina para salvá-los.             

             Difícil ou impossível debater ou discutir com quem tem como referências Ratinho, Sikera ou Datena e que se informam através dos seus grupos de whatsapp recheados de Fake News favoráveis ao presidente. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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