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3 de agosto de 2018

Nós temos democracia - Uma critica literária

#SOSEducacao


“Indicar amigos de confiança não é democracia. Indicar pessoas sem qualificação administrativa não é democracia (...).”
O restante da citação de Stephen Kanitz,
na página 122, da obra abaixo citada;

Conclui, sedento, a leitura da obra, recém lançada, do meu amigo Bauruense e Paulista Rafael Moia Filho – De Sarney A Temer – Nossa Incipiente Democracia.
O título e pós-título já me aguçou o paladar de quando me vem a ansiedade de ler “coisas boas” – algo raríssimo nesses tempos de Brasil desencontrado, dele mesmo.
Quando me presentearem com livros, já mandem-no nú, sem pacotes, pois se fizerem pacotes, bonitos, para presente, vou deixá-los sem jeito, pois minha ânsia jamais será o externo e sim o conteúdo.
Meu amigo, virtual – sim de redes – mas amigo/irmão desses que a gente encontra, raramente na vida, está comigo, seguindo juntos nessa batalha por um Brasil melhor, desde o 2013 logo após ter adentrado na rede mundial Twitter.
E o marido da Célia Moia, vem com tudo em sua terceira obra lançada.
Com um detalhe: Rafael não é jornalista.. Mas, escritor. Decidiu após seu tempo de serviço em empresa (e aposentou-se somente do trabalho) e virou um jornalista com “J” maiúsculo. Se ele fez faculdade?
,,,risos altos.... Claro que não... Mas é melhor jornalista que muitos de carteirinha que andam solto por ai. Prefiro chamá-los de “escrevinhadores”.
Rafael não. E é honesto, deixa clarissimo, no inicio de sua nova obra, que remete tudo o que escreve para que sua esposa Célia – Esta mestra em Letras – corrija tudo. Para nada sair errado.
Ah, nosso #SOSEducacao e o respeito a língua pátria. Nobre Casal.
E a obra de Rafael?
Bem não é um livro simplesmente narrado de fatos acontecidos. É um livro histórico do pós-governo de exceção ou militar (como queiram chamar), hoje todos já sabem que nao tivemos ditadura e sim um regime de exceção.
Rafael faz citação no início de sua obra. Abre o prefácio com Max Webber (nunca confundir com Karl Marx, por favor) quando pega emprestada a frase:
“Porque todo mundo quer viver à custa do governo, o governo acaba vivendo à custa de todo mundo...!”
Rafael começa a mostrar, históricamente, com dados, com bibliografia, com fontes fidedignas lá com Tancredo Neves e a posse de Sarney e chega a Temer, nosso atual Presidente da República.
Nesse periodo todo, nada foi esquecido por Rafael: A inflação, os salários, as moedas, os congressos, os partidos, as alianças...
Todo brasilês deveria ler essa obra do Bauruense, antes de votar nessas eleições que estão próximas. Espero que haja.
Nada vai mudar. Não importa. Continuemos na obra de Rafael – De Sarney a Temer -, eis o que importa agora.
Na dedicatória voce poderá estranhar ter duas citações:
A primeira de Eduardo Galeano, o jornalista e escritor Uruguaio que morreu em 2015 famoso por sua obra “As Veias Abertas da América Latina”, considerado por muitos como socialista. Mas você entende, logo em seguida por que Rafael coloca Winston Churchil como segunda citação. Pronto está formado o inicio e o final do livro, assim como seu título faz referência.
A continuidade da frase (utilizada no inicio) de Stephen Kanitz continua ...(...)  Nós administradores, colocamos os melhores profisionais mesmo nao os conhecendo, e colocamos auditores internos e externos e ainda sistemas de segurança para nao sermos pegos de surpresa. Nem sempre isso funciona, mas tente despedir um amigo que se mostra incompetente que voce conhece  há 20 anos.....!” Conclui a frase do autor, citada por Rafael.
Com essa frase, na página 122, Rafael faz um clara referência com advertência do que acontece nos meios públicos, principalmente o federal, com os amigos e os amigos dos amigos, todos literalmente sendo muito bem tratados pelo Estado, para não haver, digamos traição.
Rafael foi feliz. Não deixa opiniõesinhas baratas na obra. Mostra a história política recente para quem quiser ver. E creiam-me a grande maioria dos Brasileses precisa ver, ler, estudar e saber o que está acontecendo nesse periodo da obra, com a política nacional.
Não se preocupe, não é uma enciclopedia, é um volume de 140 páginas. A grande maioria vai necessitar ler duas vezes para entender.
Uma pequena maioria vai ler, reconhecer (se viveu nesse periodo) ou então conhecer se é além do periodo inicial.
Rafael teve um prefácio magnifico escrito por Paulo Cesar Razuk. Professor Titular aposentado da UNESP – campus de Bauru.
A análise inicial da obra é clarissima e dotada de um espírito profundo de cidadania e civilidade.
De Sarney A Temer – Nossa Incipiente Democracia É a obra atual brasilesa, que, repito, todos deveriam ler, antes das eleições.
Valeu guerreiro paulista e bauruense, amigo, sobretudo, pela brilhante reflexão histórica de nosso atual Brasil político.
Eis tua ajuda, guerreiro, para a juventude atual entender o processo após os Militares no Brasil.
E está tão bem explicado que até os alfabetizados funcionais entenderão, não se preocupe.

Pois para Rafael, afinal, Pensar não dói...


PS: Gratidão com bênçãos gaúchas pelo presente.

Transpirado da obra
De Sarney a Temer
Nossa Incipiente Democracia
De Rafael Moia Filho
Bauro – São Paulo – Brasil –
Editora Grupo Scortecci – SP – 2018
José Carlos Bortoloti é
jornalista, professor de Comunicação, 
escritor, cronista, articulista, crítico literário.
Passo Fundo - RS


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