Os problemas significativos que enfrentamos
não podem ser resolvidos no mesmo nível de
pensamento em que estávamos quando os criamos.
Albert
Einstein
Em todas as eleições no Brasil, os
eleitores votam em seus candidatos preferidos, para cargos do legislativo
dentro do sistema proporcional (Vereadores, Deputados Estaduais e Federais) a
cada quatro anos e para Senadores (Sistema Majoritário) da mesma forma.
Após o término do pleito eleitoral,
antes mesmo da posse ou em alguns caso dois anos depois, nas próximas eleições,
alguns candidatos cometem estelionato eleitoral em relação aos seus eleitores.
O camarada se elege vereador e após a sua posse na Câmara, é convidado para ser
secretario municipal.
O eleitor não votou nele para ser
secretario, mas sim, para representá-lo na Câmara, local para o qual pediu
votos, fez promessas e acabou iludindo o eleitor, que poderia muito bem, ter
votado em outro candidato, que quisesse cumprir sua promessa eleitoral de
representá-lo com dignidade e respeito.
Isso acontece também com os deputados
estaduais, que viram secretários estaduais ou dirigentes de empresas estatais,
autarquias e fundações. No âmbito federal, o cenário se repete com os deputados
federais, que são nomeados ministros, secretários, presidentes de órgãos e
autarquias.
Muitos senadores fazem a mesma coisa,
seguros que não vão perder seus cargos, que tem mandato de oito anos, acabam
ocupando ministérios, ao invés de representarem seus Estados no cargo para o
qual foram eleitos.
Em São Paulo, em 2006, o Senador José
Serra foi eleito prefeito da cidade. Na ocasião chamou a atenção o fato de que
questionado se terminaria seu mandato, Serra respondia que havia assinado um
documento e registrado em cartório, no qual afirmava que se eleito seguiria por
quatro anos à frente da maior cidade do país.
Um ano depois o mentiroso
candidatou-se a governador e deixou em seu lugar o ultra suspeito Geraldo
Kassab. O eleitor paulistano votou em Serra e promoveu Kassab a prefeito por
três anos.
Em 2016, o povo paulistano mais uma
vez elegeu um tucano para prefeito, o candidato João Dória Jr. Este nem bem
completará 100 dias de mandato e já estava sendo avaliado para ser candidato a
governador, ou até presidente em 2018. Caso isso se concretize, mais uma vez um
político do PSDB largará a prefeitura de São Paulo e deixará em seu lugar o
vice.
Isso não se trata de ação ilegal,
porém, imoral e na minha concepção um ato revestido de puro estelionato
eleitoral, praticado contra o desejo do povo expresso nas urnas. Ao invés de
praticarem este tipo de ação, os políticos deveriam sim, unificar as datas das
eleições municipais com as gerais que elegem Deputados Estaduais, Federais,
Senadores, Governadores e o Presidente.
Desta forma teríamos uma eleição a
cada quatro anos e com certeza absoluta isso dificultaria os espertalhões a
trocarem de cadeiras durante seus mandatos. Pelo menos no que tange aos cargos
do poder executivo.
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