“As grandes ideias surgem da
observação dos pequenos
detalhes”.
Augusto Cury
Muitos artistas renomados fazem shows
todos os anos em nosso país. Geralmente em Arenas de futebol, que após a copa
do mundo de 2014 possibilitaram mais conforto ao público. Estes artistas desconhecem que para
ver um show deles no Brasil, o fã sofre muito em várias etapas, desde o anúncio
da vinda do artista ao país até a hora do evento.
Vamos então tentar descrever esse
calvário em etapas:
Etapa
1 > A compra do ingresso: As empresas que vendem os ingressos o fazem quase
que na sua totalidade através da internet. Um meio rápido, talvez seguro,
porém, sem transparência alguma para quem está do outro lado do PC. Nos últimos
grandes shows, estas empresas alegaram que os ingressos estavam esgotados antes
de duas horas. Não tem como ter certeza, não tem como acreditar...
Etapa
2 > Você teve sorte, foi iluminado e conseguiu comprar o ingresso: Os preços
são abusivos e não tem controle algum, porém, as empresas que os comercializam
adicionam uma taxa de conveniência, sendo que os interessados vão pagar o frete
ou retiraram os mesmos na bilheteria sem custo algum para as empresas. No caso
do show de Bruno Mars que será em Novembro, a empresa está cobrando até R$
138,00 reais de taxa de extorsão, ops, conveniência. Isso é um crime!
Etapa
3 > Hiato entre a compra e o evento: Você desembolsa R$ 600,00 reais no
ingresso dependendo do lugar adquirido + R$ 138,00 = R$ 738,00 reais em maio e
o show somente acontecerá em novembro. A empresa lucra muito, trabalha com seu
dinheiro garantido e você é obrigado a despender um valor para um show seis
meses depois.
Etapa
4 > O local do show sem conforto e sem mobilidade urbana: Você vai ao show
para o qual pagou uma fortuna, foi extorquido sem alternativas e agora está no
Morumbi. O bairro carece de transporte público como Metrô ou VLT e tem poucas
linhas de ônibus que servem o local. No dia do show os taxistas (Aqueles que
reclamam do Uber) cobram R$ 150 a R$ 200,00 para fazer uma simples corrida até
a estação de Metrô mais próxima ou ao centro da cidade. Se você for de carro,
boa sorte, os guardadores de carros cobram R$ 100,00 para “tomar” conta de seu
veículo. Nem vou falar o preço de um dos raros estacionamentos no local para
não levá-lo ao desespero.
Etapa
5 > Dentro do Morumbi: se você tiver sorte, não estiver frio e nem chovendo,
poderá se sentir uma pessoa abençoada. O estádio é antigo, construído na década
de ’60, sendo que não foi concebido para abrigar eventos como shows, mas sim,
partidas de futebol. O estádio é grande, alto, se você não ficar na pista terá
que levar binóculos para ver alguma coisa no palco. Neste momento com certeza
começará mentalmente a contabilizar o que gastou para chegar até aquele
momento... Esquecerá até de Bruno Mars e algumas lágrimas vão descer pela sua
face...
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