“Política é a arte de conciliar
os interesses próprios,
fingindo conciliar o dos
outros”.
Menotti Del Picchia
No Aurélio a definição para Pelego é:
“Aquele que, nos sindicatos, trabalha sorrateiramente contra os interesses dos
trabalhadores.” Nenhum
país do mundo possui uma casta tão arraigada ao poder e aos recursos oriundos
dos trabalhadores como o sindicalismo brasileiro.
O Brasil convive com um sindicalismo que
mantém os mesmos métodos de quando começou suas atividades na década de “40, sempre
visando obter vantagens financeiras através de contribuições, taxas e benesses
governamentais.
Como enormes baratas, sobreviveram ao
getulismo, regime militar, nova república, era Collor, FHC, PT e agora
chafurdam na lama do espólio do governo Dilma ao lado de Michel Temer.
Diante do espúrio projeto de reforma
da previdência social, os membros das centrais sindicais aproximam-se do
governo Temer na calada da noite para negociar apoio (Em nome dos
trabalhadores) em troca da retomada da cobrança da contribuição assistencial
(Paga pelos trabalhadores).
No último dia 21 de março, dirigentes
da Força Sindical, presidida pelo ultra suspeito Paulinho da Força, reuniram-se
com o ministro do trabalho Ronaldo Nogueira para costurar o acordo. No encontro,
os dirigentes pediram que o presidente Temer edite uma medida provisória ou
apoie no Congresso um projeto que regulamente a volta da nefasta contribuição
assistencial.
Natureza: Também chamada de
taxa assistencial, esta receita decorre das contribuições pagas pelos
membros das categorias profissionais ou econômicas, filiadas ou não à entidade
sindical que os representa. Portanto, uma vez instituída, é extensiva a toda a
categoria representativa, tendo caráter compulsório.
O motivo do pedido, é que o STF em
fevereiro proibiu a cobrança da taxa para os trabalhadores não sindicalizados.
Para se ter uma ideia do que isso representa, somente em 2016, as Centrais,
Sindicatos, Federações e Confederações arrecadaram a obscena quantia de R$ 3,5
bilhões.
Os representantes dizem que se não
houver o recebimento da taxa, os sindicatos fecham. Será? Esse dinheiro mantém
a estrutura das diretorias e custeia viagens ao exterior, refeições e encontros
no país e no exterior. E os trabalhadores? Estrutura jurídica? Alguns parcos benefícios
e o acesso a pousadas nas praias para lazer. Muito pouco se comparado à fortuna
arrecadada por esta estrutura gigantesca montada ao longo das últimas décadas.
A Força Sindical tem o apoio nesta
empreitada da União Geral dos Trabalhadores – UGT, Nova Central Sindical dos
Trabalhadores – NCST e Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB. O trabalhador
brasileiro não pode reclamar pela falta de representantes no país. Cada qual
com seus sindicatos regionais, estaduais e uma sede nacional.
Milhares de empregos com bons salários
ao contrário de quem eles representam. E o que é incompreensível, comandada por
políticos cujos interesses sempre estiveram longe do alcance do trabalhador
brasileiro.
Tanto isso é verdade, que esses
pelegos estão ao lado da reforma da previdência que pode por uma pá de cal em
cima dos sonhos dos assalariados brasileiros de um dia poderem se aposentar.
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