Quem
gosta do que é certo,
é
superior ao que sabe o que é certo;
quem
se empolga pelo que é certo,
é
superior ao que gosta do que é certo.
Lao Tzu
No afã de proteger o recém-empossado presidente
Michel Temer e todos os governadores um dia após o impeachment de Dilma
Rousseff, o interino Rodrigo Maia a mando de Temer sanciona a lei 13.332/16 em
02/09/2016.
A lei em questão: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13332.htm altera a
sistemática que envolve as tais pedaladas fiscais usadas para tirar Dilma da
presidência, transformando o que era “crime” em algo natural.
Aquilo que foi usado à exaustão pela
oposição e pelos que impetraram o pedido de impeachment não vale mais daqui pra
frente. Na prática, a lei estipula que as novas regras de orçamento sejam
alteradas sem a aprovação do Congresso Nacional e deixa de ser crime de
responsabilidade fiscal.
A abertura de créditos suplementares,
que derrubou Dilma, foi autorizada à época pelo próprio Congresso Nacional.
Recurso que foi utilizado por FHC (PSDB) e Lula (PT) sem que houvesse quaisquer
manifestações contrárias dentro ou fora do Congresso brasileiro.
No mínimo, essa atitude do governo
federal joga ainda mais dúvidas sobre a fragilidade jurídica das alegações para
o impeachment. Um processo, que no Senado contou com a presença e o comando do
presidente do STF, juiz que deveria zelar pela lei acima de quaisquer suspeitas,
mas não o fez em momento algum.
Como tudo que ocorre em solo
brasileiro praticado pelos políticos, essa lei e sua nefasta intenção, não vão
ser objeto de discussão pela sociedade civil, nem por ninguém. Irá cair no
esquecimento, se já não caiu, e a vida segue...
Em sua viagem a China, Temer usou
números gigantes para passar a falsa impressão de que a nossa economia está
entrando nos trilhos novamente. Como se amanhã de manhã os chineses fossem desembarcar
no Brasil com R$ 290 bilhões e começassem a investir em obras de
infraestrutura. Ledo engano, pura ação de marketing.
De volta ao país, Temer vai dizer que
a reforma (sic) da Previdência visa evitar a falência do sistema. Outra grande
falácia. Porém, não vai em momento algum efetuar os cortes drásticos na máquina
inchada do governo, causada em grande parte pelas gestões petistas.
A criação do slogan #AvanteTemer ou
#BoraTemer dependendo da escolha do Michelzinho Temer, outra ação de marketing,
servirá para iludir de vez o pobre povo brasileiro, sempre alhures a verdade e
ao que acontece na política brasileira.
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