Quase toda absurdidade de conduta vem
da imitação daqueles com quem não
podemos parecer-nos. Samuel Johnson
Nosso país está vivendo há décadas um circulo
vicioso na política brasileira. Não temos políticos capazes de
conduzir o processo de renovação da combalida política nacional com a propositura
de novos projetos, indicando e pavimentando estradas que levem a recuperação
moral do nosso parlamento e do país.
O jovem, assim como a nossa sociedade
em geral se afasta cada vez mais dos partidos e da política partidária
nacional. Muitos, talvez a grande maioria, tenham asco dos políticos brasileiros
que vivem nas páginas policiais. A corrupção virou uma epidemia e atinge
praticamente todos os partidos do país.
A questão principal, o cerne da
“crise”, é o modelo político-eleitoral a que estamos submetidos. Leis, normas,
regimentos e regulamentos complacentes e frágeis permitem a prática da
politicagem barata, fraudulenta e corrupta.
Precisamos de uma reforma estrutural
profunda e isso vem sendo cobrado pela sociedade, falado por todos, e,
prometido pela desacreditada classe política nacional desde o fim da revolução
militar em 1985, mas nunca acontece de fato.
A situação política partidária atual é
uma verdadeira esbórnia como diria Mário Assis Causanilhas. Precisamos de
mudanças que determinem o fim da bandalheira que o sistema partidário permitiu.
São R$ 820 milhões para um fundo que alimenta essa verdadeira indústria de
mentiras, golpes, sujeiras e nenhuma ética ou menção de agir em nome do Bem
Comum, atendendo aos interesses públicos.
O Brasil precisa de uma diminuição do
número de partidos políticos, reduzindo-os dos atuais 31 para no máximo nove
partidos, sendo três de ideologia de centro, três de esquerda e três de
direita. Em paralelo, temos de ter o fim da obrigatoriedade do voto. A
eliminação completa dos partidos que não lançarem candidatos próprios aos
Municípios, Estados e Governo Federal.
Com isso, seriam extintas as
amaldiçoadas coligações espúrias, que habitam nossas eleições e fazem com que
partidos se tornem barriga de aluguel, por fornecer tempo de rádio e TV em
propagandas na televisão.
A ampla divulgação do sistema
eleitoral brasileiro em toda sua concepção deveria ser obrigatória nas escolas
desde o ensino fundamental. Deveria porque embora conste da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação não é cumprida e faz com que os alunos saibam ou aprendam
álgebra, física e química ao mesmo passo que não saibam como funcionam as
eleições no país.
Aliás, o grande desinteresse pela
política é construído culturalmente, à margem da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, fazendo com que a formação técnica e humana, ao contrário do que é
previsto em lei, ocorra totalmente apartada dos temas relacionados à discussão
política e às práticas sociais.
Essa omissão, por seu turno, cria
raízes no indivíduo, consolidando como um traço perpétuo da sua personalidade o
baixo nível de interesse político que lhe era natural na adolescência, mas que
poderia ter se transmutado em interesse e engajamento, caso tivesse ocorrido,
ao longo do amadurecimento, o contato rotineiro com tais assuntos e o
aprofundamento gradual dos temas relacionados à política.
Por enquanto, essa necessidade
premente é uma utopia para o povo brasileiro, visto que, as reformas são
comandadas pelos próprios políticos no Congresso Nacional, todos muito
satisfeitos com a situação degradante em que estamos no cenário político
nacional.
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