Nos
governos corruptos, em que há pelo menos
suspeita
geral de muita despesa desnecessária e
grande
malversação da renda pública, a quantidade
e a quantia
de impostos são enormes. Adam
Smith
Desde que foi reeleito para seu
segundo mandato, o governador Beto Richa (PSDB-PR), não teve sossego e está
vendo desmoronar vários esquemas em seu Estado. O primeiro mandato até que
transcorreu tranquilamente, porém, as bombas armadas começaram a explodir antes
do que certamente ele desejava.
No último caso que veio à tona, a
Procuradoria Geral da República analisa suposta propina entregue a Beto Richa
com recursos oriundos da Educação do Estado do Paraná. A Procuradoria-Geral da
República (PGR), em Brasília, já foi notificada pelo procurador do MPP,
Gilberto Giacoia sobre a citação do governador Beto Richa (PSDB), do
conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-secretário-chefe da Casa
Civil, Durval Amaral, e secretários em delação premiada do escândalo de desvio
de R$ 20 milhões da Educação no Paraná.
Caberá ao ultraocupado DR. Rodrigo
Janot decidir se a investigação prosseguirá ou se o caso será desmembrado da
investigação original chamada Operação Quadro Negro do Gaeco do MP do Paraná.
Em três depoimentos pelo menos o nome
do governador Beto Richa, do seu irmão José Richa Filho, o Pepe, atual
Secretário Estadual de Infraestrutura e Logística e de Durval Amaral são
citados. Nos relatos, o suposto desvio de verba pública da Educação são
destinados a campanhas eleitorais.
Na delação mais recente, em um vídeo
publicado inicialmente pela Revista Carta Capital em seu site, a assessora
jurídica da construtora Valor, Úrsulla Andrea Ramos, menciona que os recursos
desviados teriam sido repassados para a campanha de reeleição do governador em
2014.
No depoimento, a advogada afirma que
questionou o proprietário da empresa, Eduardo Lopes de Souza, sobre os valores
supostamente desviados das obras. “Esse dinheiro não ficou comigo, esse
dinheiro foi feito repasse pra campanha do governador Beto Richa e pra essas
três campanhas. Foi o que ele me disse”, afirma Úrsulla.
Por meio de nota enviada ao jornal
Gazeta do Povo, o governo do Paraná afirmou que todas as irregularidades
que envolvem a construtora Valor foram descobertas por sistemas internos de
controle do próprio Executivo estadual. Segundo texto enviado pelo governo, a
sindicância para apurar o caso foi aberta pela própria Secretaria da Educação
em maio de 2015.
O dia 29 de abril de 2015 ficará
registrado na história do Paraná como um dos mais tristes e reveladores
episódios de como os governantes tratam a educação no País. Em frente à
Assembleia Legislativa, em Curitiba, cerca de 200 professores foram agredidos
por policiais militares quando protestavam contra uma proposta de mudança no
sistema de previdência estadual.
As imagens de professores
ensanguentados correram o mundo. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB),
chegou a dizer que os policiais teriam apenas se “defendido”. Antes destas
denúncias, o governador já havia enfrentado problemas com a Paraná Previdência
quando transferiu oito bilhões para o caixa do governo à revelia dos servidores
do Estado.
Os eleitores muitas vezes votam com
comodidade analisando apenas alguns aspectos do desempenho do primeiro mandato
do candidato. É prudente analisar com mais detalhes a situação financeira do
Município, Estado ou País antes de colocar na urna seu precioso voto, pois pode
estar sendo levado a erro.
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