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18 de junho de 2008

O que eles estão fazendo no morro?

As manchetes dos jornais nas suas páginas policiais descrevem o crime ocorrido no morro da Providência, onde três jovens foram assassinados por criminosos depois de terem sido jogados lá por soldados do exército. Mas o que os soldados do exército fazem nos morros da cidade do Rio de Janeiro? Estavam em missão de paz? Estavam em missão militar? Não, os militares estavam trabalhando num projeto político que supostamente irá beneficiar aliados do Vice Presidente José Alencar.
Isso é lamentável, além de sucatearem as Forças Armadas desde a posse de Collor até os dias atuais, o governo federal agora resolveu usar aquela instituição militar de forma indevida, desvirtuando-as de suas reais e importantes funções como pregam a nossa Constituição.
O uso eleitoral de membros de nossas Forças Armadas é tão grave quanto o crime cometido por seus soldados que acabaram vitimando inocentes. Não cabe ao exército fazer o papel de polícia, nem de tocadores de obras para o governo federal. Isso é mais um caso de abuso da autoridade federal sobre as Forças Armadas e pode ser caracterizada como crime na medida a finalidade da obra é político eleitoral.
O Exército com certeza não quer subir aos morros para combater bandidos e lidar com a escória que nossas autoridades não conseguem colocar ou até manter atrás das grades. Duvido que os comandantes do nosso exército concordem com o uso de seus homens para cumprir jornadas de trabalho em ações cujas finalidades são meramente eleitoreiras.
Estão brincando com uma instituição séria que deveria ser respeitada, começando pelo repasse de verbas represadas no Ministério da Fazenda e que poderiam servir para dotar o Exército Brasileiro de novos equipamentos com tecnologia de ponta, resolvendo os diversos problemas orçamentários que afligem aquela instituição militar.
Impor que seus homens sejam expostos a funções que nada tem a ver com a sua finalidade precípua é crime, é desvio de função e pode ter conseqüências ainda mais nefastas para a instituição tanto quanto para seus membros. Fica para a nossa sociedade a imagem de que o governo coloca o exército aonde tem medo de circular.

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