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16 de junho de 2008

COB rasga a lei de licitações

O Comitê Olímpico Brasileiro encarregado de lutar por uma vaga para a cidade do Rio de Janeiro sediar as Olimpíadas em 2016, está usando as verbas públicas sem obedecer a Lei 8666/93 que versa sobre as licitações para compras, serviços e obras em território nacional.
A contratação de uma consultoria internacional foi efetivada sem concorrência pública. O valor desembolsado é de R$ 3.500.000,00 (Três milhões e quinhentos mil reais) em favor da EKS – Events Knowledge Services. A alegação do COB em sua defesa é de que usou o artifício de “Notória especialização no setor” para contratar a empresa sem licitação.
Entretanto existem no mercado mundial pelo menos mais quatro ou cinco empresas que prestam justamente esse mesmo serviço para a qual a EKS foi contratada. Esse é apenas o começo da caminhada para gastar R$ 80 milhões nessa aventura carioca que a se julgar pelos concorrentes será inglória. Para ser a escolhida terá de derrotar verdadeiras potências como Madri, Chicago e Tóquio.
Somente para efeito de comparação a cidade de Londres, que irá sediar as Olimpíadas de 2012, o seu Comitê Olímpico fez licitações para as contratações de consultorias. O órgão também recebeu verbas públicas, mas pelo jeito as tratou com mais parcimônia e cuidado.
Aqui no Brasil temos o exemplo grotesco de gasto público sem o menos controle na mesma cidade do Rio de Janeiro quando da realização dos jogos Pan Americanos de 2007. Ao conquistar o direito de realizar o evento a cidade apresentou através de seu comitê organizador um orçamento de R$ 600 milhões, mas ao término das competições o gasto beirou R$ 7 bilhões.
Como o Rio de Janeiro está com sua saúde pública organizada, seu transporte público é o melhor do país e a segurança pública é parecida com a da Suécia deixemos o COB torrar a grana daqueles que pagam impostos. Quando sair o resultado final da escolha da sede receberemos uma medalhinha com nossa cara estampada com um lindo narizinho vermelho.

Um comentário:

Unknown disse...

Caro Xará,

É um absurdo o que fazem com nosso dinheiro, ao invés de investirem no país, eles sem vergonha nenhuma usam e abusam sem medir as consequências... pouca vergonha é uma palavra muito fraca para expressar a indignação do povo brasileiro, mas como sabe acho que a internet deve ser usada com uma finalidade útil e não banal, por isso, meu Amigo, continue seu belo e digno trabalho de levar a população o que realmente se passa em nosso país e nenhuma emissora, seja rádio, TV e até mesmo sites conceituados, tem a coragem de exibir, pois eles não querem um povo pensante!!!

Abraços

Rafael Galastri